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Hackers estão invadindo câmeras, gravando relações sexuais e vendendo na web

Por| Editado por Claudio Yuge | 05 de Abril de 2021 às 22h20

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Reprodução/duallogic (Unsplash)
Reprodução/duallogic (Unsplash)

Uma nova e perturbadora tendência de crime cibernético está se espalhando entre os hackers chineses — os meliantes estão invadindo câmeras conectadas à internet, gravando vídeos de relações sexuais e comercializando tais clipes na web. As informações são do jornal asiático South China Morning Post, que garante que, por mais bizarro que tal comércio possa parecer, é crescente a demanda por esse tipo de conteúdo em fóruns obscuros da rede, o que só incentiva ainda mais a ação dos invasores.

Além de invadir as câmeras alheias, os cibercriminosos também estariam instalando suas próprias filmadoras em quartos de hotéis e motéis. “Tenho uma dúzia de pessoas viajando pelo país e instalando câmeras onde quer que vão. Mesmo que o hotel descubra, o que vamos perder é apenas uma câmera que custa algumas centenas de yuans. Cortamos alguns clipes para vender online e cobrimos essa perda”, explicou um dos envolvidos no esquema ao veículo chinês.

Como se a situação já não parecesse estranha o suficiente, tudo indica que a quadrilha está incentivando uma espécie de esquema de pirâmide com seus consumidores, incentivando-os a revender as “filmagens caseiras” (como são chamadas) por preços cada vez maiores — isto é, é claro, entregando uma comissão para quem originalmente gravou o conteúdo. Embora grande parte dos clipes tenha conteúdo sexual explícito, o hacker entrevistado garantiu que também há gravações “inocentes” sendo comercializadas.

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Como exemplo, ele cita um vídeo de oito horas retratando nada mais do que uma família interagindo entre si em uma sala de estar. “Esses vídeos são primitivos. Muitas pessoas gostam desse tipo de coisa nos dias de hoje, gostam de assistir a privacidade dos outros, o que eles estão fazendo em seus tempos livres… Sabe, eu vendi esse vídeo milhares de vezes”, conclui o criminoso. Aqui, poderíamos muito bem imaginar uma espécie de fetiche de simplesmente invadir a privacidade alheia.

Não é novidade alguma que câmeras inteligentes e conectadas à internet são alvos fáceis para cibercriminosos. A maior parte desses dispositivos sai de fábrica com configurações fracas de segurança e até mesmo senhas padronizadas, o que facilita muito a vida de quem deseja invadi-las. Por isso, o mais correto é sempre se atentar a alterar essa password nativa e desligar (ou tampar a lente) da câmera em momentos que sua atividade não seja interessante — incluindo durante relações sexuais.

Fonte: Futurism