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Hacker é preso em Pernambuco por acessar e vazar dados de Felca

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Felipe Bressanim Pereira/Divulgação
Felipe Bressanim Pereira/Divulgação

Nesta terça-feira (16), um hacker de 26 anos foi preso em Pernambuco pela invasão de sistemas do governo e venda de dados, considerados sigilosos, para criminosos por todo o país. De acordo com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, que colaborou com a polícia pernambucana na prisão, o criminoso teria vendido dados pessoais do influenciador Felipe Bressanim Pereira, o Felca, a um homem responsável por ameaçá-lo — ele foi preso por este e outros crimes em agosto.

Felca publicou, no último dia 6 de agosto, uma denúncia em vídeo onde expunha influenciadores que exploram crianças e adolescentes na internet. Ele passou a ser alvo de ameaças por muitos internautas, um deles Cayo Lucas Rodrigues dos Santos, de 22 anos, preso também em Pernambuco.

Crimes virtuais brasileiros

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O hacker de 26 anos, de nome mantido em segredo pelas autoridades, foi identificado como líder técnico de uma quadrilha que invadia sistemas de informação do governo brasileiro, agindo com falsificação de documentos e estelionato eletrônico. Sua captura ocorreu em Porto de Galinhas, na cidade de Ipojuca, litoral sul de Pernambuco. Outros dois criminosos, ambos de 26 anos, foram presos no Rio Grande do Norte e em São Paulo.

O bandido potiguar havia criado uma plataforma de consulta ilegal de dados em grupos de WhatsApp, enquanto o paulista era membro de uma quadrilha de fraudes contra médicos gaúchos. Todos foram alvos da terceira fase da Operação Medici Umbra. O pernambucano preso foi chamado de Fonte pela polícia, relatando as atividades criminosos, que incluiria o suposto acesso ao Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário (Sisbajud). As provas seriam prints de tela com arquivos totalizando 2,56 TB de dados.

Os arquivos incluiriam 239 milhões de chaves PIX de brasileiros, por exemplo. A gangue também teria conseguido acessar dados de veículos e segurança pública do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp).

O homem ainda afirmou ter acessado sistemas de inteligência sensíveis do Brasil, desde investigações de fraudes bancárias a reconhecimento facial e de voos domésticos e internacionais da Polícia Federal. A Serpro negou as afirmações envolvendo a agência.

Cayo, que vendeu informações aos hackers, era monitorado pela polícia desde 2024 e foi identificado como líder de um grupo de chantagem que vitimava principalmente meninas menores de idade, também intimidando pessoas que denunciavam abusos online.

O cibercriminoso obrigava jovens a se exporem em transmissões ao vivo, sendo humilhadas, forçadas a se automutilarem e passarem por casos definidos como estupro virtual pela polícia. Algumas vítimas tinham apenas entre 7 e 8 anos de idade.

Cayo faturava vendendo acesso a informações sigilosas, obtidas ao invadir secretarias de segurança e do Judiciário de vários estados brasileiros. Com ele, foi também preso Paulo Vinícios Oliveira Barbosa, flagrado em acesso ilegal aos sistemas da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco.

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Fonte: CNN

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