Governo é o principal alvo de ataques cibernéticos no Brasil, revela análise
Por Felipe Gugelmin | Editado por Claudio Yuge | 06 de Julho de 2021 às 11h20
Com a pandemia e o isolamento social decorrente dela, muitas pessoas intensificaram seu uso da internet e dos meios digitais. A tendência também foi seguida pelos criminosos, que intensificaram suas atividades para aproveitar as vulnerabilidades geradas pelo trabalho remoto e por campanhas como a do Auxílio Emergencial, no caso brasileiro.
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Segundo um estudo conduzido pela Trend Micro, a maioria dos ataques no Brasil se concentrou em prejudicar entidades ligadas ao governo (35,3%). Em seguida, os principais alvos foram o setor da manufatura (9,7%) e da saúde (9,2%) em uma tendência que destoou um pouco dos números globais.
Em uma escala mundial, a maioria dos ataques detectados durante o ano de 2020 se concentraram no setor da manufatura (13,9%), seguido pelo órgãos governamentais (13,9%), educação (10%) e saúde (9,6%). Somente no ano passado, os setores somados foram responsáveis por mais de 1,4 milhão de detecções.
De janeiro a maio de 2021, foram registrados 5 milhões e meio de ataques contra empresas que usam as plataformas de proteção da Trend Micro. No Brasil, o setor mais atingido continua sendo o governo (35,7% dos casos), enquanto o setor da manufatura continua liderando o cenário mundial de ataques (20,6%).
Além de ter obrigado muitas empresas a adotar o sistema de home office, a COVID-19 também foi usada como isca para a realização de crimes virtuais. Segundo a Trend Micro, em 2020 foram registradas mais de 16 milhões de ameaças relacionadas à pandemia, sendo que 90% delas estavam relacionadas a spam — 60% delas tiveram origem em países como Estados Unidos, Alemanha e França.