Golpe espalha Microsoft Teams falso a partir do buscador da empresa
Por Jaqueline Sousa • Editado por Jones Oliveira |

Cuidado na hora de clicar em um anúncio, mesmo em redes conhecidas: pesquisadores de segurança digital da Expel detectaram que uma quadrilha de ransomware está distribuindo anúncios falsos do Microsoft Teams para prejudicar vítimas.
Segundo a análise da companhia, um malware está sendo distribuído pela Rhysida, uma conhecida gangue de ransomware que está emplacando esses ataques desde junho deste ano.
O caso envolve a criação de páginas falsas que imitam sites de download do Microsoft Teams. Também há uma divulgação em peso desses anúncios maliciosos no Bing, o mecanismo de busca da Microsoft, o que acaba aumentando o alcance do golpe.
Como a campanha funciona
Tudo começa com uma simples pesquisa da vítima que está em busca de um link para baixar o Microsoft Teams. Com a boa reputação da empresa, o usuário pode se sentir confortável o bastante para clicar no primeiro anúncio que aparece no Bing, e é aí que as coisas se complicam.
Depois do clique, a vítima é redirecionada para uma página falsa que, à primeira vista, parece idêntica à página de downloads do Teams.
Assim que o usuário inicia o download, o dispositivo é imediatamente infectado por dois malwares chamados OysterLoader e Latrodectus. Ambos se ajustam às necessidades do cibercriminoso por trás da campanha com trojans de acesso remoto e backdoors.
Com acesso ao aparelho da vítima, a quadrilha consegue criptografar os dados do usuário e garante abrir uma porta de entrada para realizar diversos tipos de golpes digitais.
Quadrilha conhecida no meio digital
Não é de hoje que o Rhysida promove ataques de ransomware no ambiente virtual. Várias violações de segurança já foram atribuídas à quadrilha, como um ataque à Biblioteca Britânica, em 2023, que teve quase 600 GB de arquivos roubados.
O grupo criminoso também esteve por trás de um ataque contra o Aeroporto Internacional de Seattle-Tacoma, nos Estados Unidos, em 2024, assim como diversas campanhas maliciosas envolvendo instituições de educação e do governo no país.
Seguindo na ativa, o Rhysida costuma agir com base no RaaS, modelo de negócio criminoso que permite que os afiliados invadam os dispositivos das vítimas em troca de uma determinada quantia dos lucros.
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Fonte: TechRadar