G7 exige da Rússia o combate aos cibercriminosos que atuam em suas fronteiras
Por Felipe Gugelmin • Editado por Claudio Yuge |
Iniciada na última sexta-feira (11), a conferência do G7 terminou no domingo (13) com um comunicado que exige que a Rússia termine suas “atividades desestabilizadoras”. O grupo exige que as autoridades do país tomem ações contra os grupos de cibercriminosos que atuam em suas fronteiras e realizam ataques de ransomware ao redor do mundo.
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A decisão surge como uma resposta aos ataques recentes contra a Colonial Pipelines, maior operadora de oleodutos dos Estados Unidos, que interromperam temporariamente suas atividades e a obrigaram a pagar um resgate milionário.
“Pedimos a todos os estados que identifiquem e interrompam com urgência as redes criminosas de ransomware que operam dentro de suas fronteiras e responsabilizem essas redes por suas ações”, afirmou o comunicado. Formada por Estados Unidos, Canadá, França, Reino Unido, Alemanha, Itália e Japão, a entidade tem os britânicos como os principais defensores do posicionamento que vê a Rússia como a responsável por dar abrigo a cibercriminosos.
Além disso, o G7 exigiu que a Rússia inicie investigações sobre o uso de armas baseadas em agentes químicos dentro de seus territórios.
China também é alvo de críticas
A China também entrou na mira dos líderes de G7, que repreenderam o país em relação à maneira como ela lida com direitos humanos em Xinjiang. O grupo também exigiu uma investigação completa das origens do COVID-19 e que Hong Kong continue funcionando como um território com alto grau de autonomia.
A entidade expressou preocupações quanto à estabilidade do Estreito de Taiwan e das disputas políticas relacionadas à região. A China mantém uma postura crítica aos posicionamentos do grupo e afirma que ele ainda está preso a uma mentalidade imperial desatualizada, negando que use seus campos em Xinjiang para deter críticos e minorias — segundo autoridades locais, eles abrigam projetos vocacionais que visam o combate ao extremismo.
Fonte: Agência Brasil, Reuters