Fotos no Instagram podem servir para criminosos praticarem sequestro virtual
Por Jaqueline Sousa • Editado por Jones Oliveira |

O FBI fez um alerta para um novo golpe que está mirando usuários de redes sociais. O serviço de inteligência americano identificou que cibercriminosos estão alterando fotos e vídeos de pessoas para usá-los em esquemas golpistas de sequestro virtual e extorsão.
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O ato criminoso começa quando os hackers entram em contato com a vítima por meio de mensagens de texto, alegando que sequestraram um membro da família. Em troca da liberação do falso refém, os cibercriminosos exigem um pagamento de resgate.
Na grande maioria dos casos analisados, os golpistas modificam as imagens encontradas nessas plataformas para criar um cenário convincente para a vítima, usando engenharia social para que o alvo faça a transferência de resgate em um momento de desespero.
Por outro lado, o FBI observou que os criminosos também estão usando informações verdadeiras de pessoas desaparecidas que são publicadas no ambiente digital. Aqui, eles coletam dados e imagens reais para entrar em contato com as famílias, exigindo uma troca monetária por informações.
Falso rapto virtual
Para convencer a vítima a pagar o resgate fraudulento, os cibercriminosos usam as imagens e os vídeos alterados como uma maneira de comprovar que a pessoa "sequestrada” está viva. Geralmente, eles fazem até mesmo ameaças violentas em relação ao ente querido, caso a vítima demonstre relutância para fazer a transferência bancária.
Embora o FBI tenha encontrado inconsistências entre as fotos reais e as alteradas, como ausência de tatuagens ou proporções corporais estranhas, o modus operandi dos golpistas provoca uma sensação de medo e urgência na vítima que faz com que ela tenha ações impulsivas para proteger o familiar.
A agência federal não forneceu detalhes aprofundados sobre as denúncias envolvendo o caso, mas é possível que as alterações nas imagens verídicas sejam feitas por meio de ferramentas de inteligência artificial (IA).
Como se proteger
Golpes envolvendo falsos sequestros de familiares são táticas bastante manjadas e usadas por cibercriminosos há anos, mas as fraudes andam se tornando mais sofisticadas graças ao avanço tecnológico. Por isso, é importante saber como se proteger para evitar ser a próxima vítima.
O FBI recomenda estar atento a mensagens suspeitas que criam uma sensação de urgência exagerada, avaliando a veracidade daquelas alegações antes de tomar qualquer atitude. No caso do sequestro virtual, sempre tente contatar a suposta vítima antes de qualquer coisa.
Além disso, evitar fornecer informações pessoais a estranhos ou nas redes sociais também é fundamental para se proteger, assim como fazer capturas de tela dessas mensagens fraudulentas para comprovar a identidade do golpista na hora de denunciá-lo.
Vale ficar atento também ao divulgar informações sobre pessoas desaparecidas nas redes sociais, mantendo-se vigilante para não cair em uma armadilha.
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Fonte: The Register