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Falsos vazamentos de dados sobre apagão do Facebook se espalham pela internet

Por  • Editado por Claudio Yuge | 

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Pexels/Pixabay
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A última segunda (4) foi um dia complicado para os serviços do Facebook, por conta da instabilidade dos serviços da empresa, que ficaram boa parte do dia indisponíveis para os usuários. Além disso, no momento da crise, um suposto vazamento de dados de 1,5 bilhão de pessoas cadastradas da rede social foi descoberto, com criminosos comercializando as informações em fóruns de invasões virtuais.

Com o timing semelhante da queda dos serviços e do começo da tração de engajamento do vazamento de dados dos usuários do Facebook, muitas pessoas associaram um acontecimento com o outro e começaram a pensar que as informações foram roubadas por conta da indisponibilidade do sistema ou vice-versa. Porém, agora com os aplicativos de volta ao normal, detalhes o vazamento de dados está sendo melhor analisado, e está quase confirmado que se trata de um golpe.

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Primeiro, a postagem no fórum é do dia 22 de setembro, e só começou a ganhar tração nas redes sociais ontem, durante a instabilidade dos serviços do Facebook. Segundo, o autor da postagem não cita explicitamente a rede social em nenhum momento, só falando que conseguiu dados como e-mails, gênero, endereço e número de telefone, a partir de raspagem de dados, método que consiste no emprego de robôs para coletar dados que os próprios internautas, de forma consciente ou não, configuram como públicos.

Embora o site responsável pela divulgação do vazamento, Privacy Affairs, afirme que as amostras disponibilizadas pelos criminosos eram verídicas, usuários do próprio fórum já estão denunciando o golpe dos vendedores.

Segundo um potencial comprador, os anunciantes só enviam uma amostra, contendo dados de 20 pessoas, e depois cobram US$ 5 mil (cerca de R$ 27,3 mil na cotação atual) por informações de 1 milhão de usuários, mas que nunca é enviada após o pagamento. Na terça (5), o vendedor das informações no fórum fez uma postagem se defendendo, e alegando que as informações realmente existem, mas só isso.

Aric Toler, um pesquisador de segurança na Bellingcat, alertou para o site Vice que criminosos anunciam informações obtidas por raspagem de dados semanalmente, das mais diversas plataformas, que na maioria das vezes são tentativas de golpes. Nos raros casos em que não são fraudes, elas não tem relação com processos de invasões criminosas de plataformas ou de indisponibilidade dos serviços.

O problema dessa ocorrência foi realmente o timing da divulgação, com a internet já em estado de caos por conta da instabilidade do WhatsApp, Instagram e Facebook, o que acabou cooperando para que pessoas associassem um acontecimento com o outro.

O Canaltech entrou em contato com o Facebook ontem, questionando sobre esse suposto vazamento de dados. Em resposta, a empresa disse estar analisando a situação."Estamos investigando as alegações e enviamos um pedido de remoção ao fórum no qual os supostos dados estão sendo anunciados", afirma Jason Grosse, porta-voz do Facebook.

O que aconteceu com o Facebook no dia 4

Outras teorias sobre o que aconteceu com o Facebook foram bem disseminadas durante a segunda-feira. Uma delas falava que os endereços DNS da plataforma,que servem como o "mapa virtual" para usuários chegarem na plataforma, estavam "queimados", resultando nas páginas da empresa não existirem mais na internet. Logo, usuários e especialistas, como Peter Slattery, desmentiram essa informação, alegando que elas não vinham de fontes confiáveis.

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Oficialmente, o Facebook divulgou uma nota no final da segunda-feira explicando o que aconteceu com seus serviços. Segundo o comunicado, mudanças de configurações das plataformas realizadas pelos times de engenharia da empresa acabaram causando mudanças nas rotas que direcionavam os tráfegos para os servidos da companhia.

A nota explica que esse problema com o tráfego acabou causando um efeito cascata nas conexões da plataforma, paralisando todos os serviços do Facebook.

Por fim, o Facebook explica no comunicado que nenhuma informação de usuários de seus serviços foi comprometida durante a instabilidade, e que o problema foi totalmente técnico na parte de controle da empresa.

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Fonte: Vice, Facebook