Evil twin: Hacker pega 7 anos de cadeia por criar Wi-Fi falso em voos
Por Jaqueline Sousa • Editado por Jones Oliveira |

Um homem de 44 anos foi condenado a sete anos e quatro meses de prisão por ser o responsável por um ataque evil twin a uma rede Wi-Fi em voos domésticos da Austrália.
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Sem identificação revelada, o criminoso é um cidadão australiano e foi indiciado em julho de 2024 depois que as autoridades do país confiscaram seus equipamentos, confirmando que ele estava por trás da operação ilegal.
Foram identificadas atividades maliciosas em aeroportos de Perth, Melbourne e Adelaide, cujos voos domésticos continham uma rede Wi-Fi falsa para enganar os passageiros e roubar informações pessoais.
Perigo digital no ar
As autoridades australianas descobriram que o ataque evil twin começou quando o homem configurou um ponto de acesso Wi-Fi com um dispositivo móvel sem fio que usava o mesmo nome da rede legítima disponível nos aeroportos.
Geralmente, a tática é usada pelos cibercriminosos na esperança de que algum usuário se conecte à rede Wi-Fi falsa acreditando ser a verdadeira, caindo em uma armadilha. No caso da Austrália, a polícia identificou que, assim que se conectavam ao ponto de acesso malicioso, as vítimas eram direcionadas a uma página de phishing que coletava dados de redes sociais.
Também foi detectado nas investigações que o criminoso tinha mulheres como alvos. O objetivo dele era conseguir acesso às credenciais das usuárias para monitorar suas atividades em redes sociais, roubando imagens, vídeos e outros conteúdos privados.
Como evitar ser uma vítima
Se você costuma viajar com frequência, é fundamental saber como se proteger de ciberataques. Isso porque os criminosos também aproveitam espaços como aeroportos e rodoviárias para enganar as pessoas e coletar dados sensíveis dos usuários que, por exemplo, decidem acessar a rede Wi-Fi pública.
O próprio ataque evil twin, que age como o “gêmeo maligno” do Wi-Fi verdadeiro, vem de táticas usadas por hackers para atacar os viajantes que se conectam a redes públicas, acessos mais vulneráveis a interferências ilegais.
Em vista disso, para evitar dor de cabeça durante a sua viagem dos sonhos, é recomendável tomar algumas precauções na hora de acessar qualquer rede Wi-Fi por aí. Especialistas recomendam o uso de VPNs, gerenciadores de senhas e a desativar a conexão automática do Wi-Fi como medidas de proteção.
Também vale apostar no uso do seu próprio hotspot ao invés de se conectar a um Wi-Fi público, mantendo a privacidade da sua navegação e dos seus dados pessoais. Se, em último caso, você ainda precisar se conectar a uma rede gratuita antes do seu embarque, jamais faça transferências bancárias ou acesse plataformas que contenham informações sensíveis.
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Fonte: Bleeding Computer