EUA se preparam para ataques virtuais da Rússia após invasão na Ucrânia
Por Dácio Castelo Branco | Editado por Claudio Yuge | 24 de Fevereiro de 2022 às 15h10
O governo dos Estados Unidos está em alerta máximo quanto a possibilidade de ataques cibernéticos em suas redes realizados pela Rússia, após a aplicação de novas sanções no país por consequência da invasão da Ucrânia iniciada na madrugada desta quinta-feira (24).
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Segundo informações de, um alerta já havia sido emitido pelo FBI na última terça-feira (22), direcionado a empresas e governos locais espalhados pelos EUA. No comunicado, era solicitado que essas instituições ficassem atentas quanto a possíveis ataques ransomware originados da Rússia. Um aviso semelhante foi emitido poucos dias antes para os grandes bancos do país.
Até o fechamento desta matéria, ainda não havia ocorrido nenhum tipo de ataque desse tipo aos EUA, mas na Europa, no cenário do confronto entre Ucrânia e Rússia, sites governamentais ucranianos sofreram com incidentes de vírus que visavam apagar dados da plataforma — embora a origem dessas ameaças ainda não tenha sido confirmada como russa.
Ataques cibernéticos russos nos EUA tem precedentes
A preocupação dos EUA quanto a ataques cibernéticos originados da Rússia tem precedentes, já que alguns dos principais problemas de segurança virtuais do país tinham conexões com a nação europeia.
Um dos exemplos mais recentes e impactantes com relações com a Rússia foi o ataque ransomware na SolarWinds, uma das maiores vendedoras de software dos EUA, ocorrido em 2021 e que teve como consequência o fechamento de um dos maiores oleodutos dos EUA, cujo os administradores utilizavam os sistemas desenvolvidos pela empresa, gerando assim uma crise de abastecimento temporária no país.
Além disso, como a Ucrânia utiliza muitas tecnologias comerciais, ou seja, compradas de outros países, como os EUA, a Rússia pode obter acesso a tecnologias estadunidenses por meio do conflito, mesmo não mirando diretamente na nação norte-americana.
Mesmo com o cenário de segurança virtual dos EUA tendo sido reforçado nos últimos meses pela administração Biden, vulnerabilidades ainda podem existir — e, a depender da progressão do conflito e do envolvimento estadunidense nele, a Rússia pode tentar explorá-las.
Fonte: CNN