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Estes são os 10 golpes financeiros mais comuns no Brasil

Por| Editado por Claudio Yuge | 28 de Setembro de 2022 às 18h20

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Divulgação/PSafe
Divulgação/PSafe

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) está alertando, desde o início do mês, sobre a incidência de cada vez mais golpes contra os cidadãos brasileiros. Os alertas fazem parte de uma campanha de conscientização que listou os 10 principais tipos de fraudes mais aplicadas pelos bandidos, de olho em dados pessoais e, principalmente, informações financeiras.

A ideia da iniciativa “Pare e Pense: Pode ser Golpe” é, justamente, indicar como a pressão para entrega de informações e as mensagens chamativas são uma isca comum. Entre cobranças, exigências e pedidos rápidos, os criminosos fazem milhares de vítimas diariamente por meio de redes sociais, sites falsos, e-mails fraudulentos e mensageiros como o WhatsApp.

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A campanha se encerra nesta quarta (28) com uma Semana da Segurança Digital, evento online que reúne bancos e especialistas para divulgar dicas de prevenção. Enquanto as instituições investem em mecanismos de segurança e proteção, com cerca de R$ 3 bilhões ao ano, a ideia é que os cidadãos também estejam cientes e preparados para lidarem com os criminosos.

Estes são, na visão da Febraban, os golpes mais comuns praticados contra os brasileiros:

Golpe da falsa central de atendimento

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Passando-se por um suposto funcionário de banco ou empresa, golpistas entram em contato pelo telefone falando sobre algum tipo de problema, como clonagem do cartão ou transações não reconhecidas. Para cancelar os débitos indevidos, solicita dados que, normalmente, correspondem aos dígitos, validade e segurança do cartão de crédito, bem como informações pessoais.

Em alguns casos, como forma de aumentar a aparência de legitimidade do esquema, o fraudador pede que o usuário desligue e telefone para a central de atendimento do banco. Porém, eles permanecem na linha e simulam o contato, aguardando a digitação de senhas e outros dados que podem ser usados em clonagem e fraudes.

A recomendação de segurança é desconfiar de contatos assim e jamais passar dados pessoais ou financeiros. Buscar aplicativos oficiais e sites ajuda a identificar se o problema está efetivamente acontecendo, enquanto instituições oficiais jamais solicitarão senhas e códigos de verificação do cartão — este, acima de todos os outros, é um indício claro de golpe.

Golpe do falso motoboy

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Mais uma vez atingindo clientes de instituições financeiras, este esquema envolve uma ligação, novamente, alegando transações fraudulentas e solicitando a senha e outros dados bancários. O pedido é para que o cartão de crédito seja cortado ao meio, sem danificar o chip, e entregue a um motoboy a caminho do endereço.

A transição para o mundo “real” pode enganar muita gente, que acaba entregando o plástico em condições de uso para um golpista. Os bancos alertam que esse, simplesmente, não é o procedimento em caso de clonagem ou fraude, com os cartões sendo cancelados digitalmente e sem que nenhum portador precise fazer a coleta em nome da instituição.

Golpe para roubar o WhatsApp

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Um dos mais clássicos e ainda eficazes da lista, a ideia aqui é obter acesso ao WhatsApp das vítimas para a aplicação de golpes em familiares, amigos e cônjuges. Por meio de ligação ou mensagem direta, os bandidos se passam por atendentes do próprio mensageiro ou de grandes empresas, falando sobre problemas ou indicando ofertas imperdíveis, pedindo o envio de um código de validação que vai chegar por SMS.

Os dígitos, na realidade, correspondem à autenticação em duas etapas padrão do WhatsApp, que serve para confirmar que o dono do aparelho efetivamente está registrando a conta. Quando o código é passado, a vítima perde o acesso imediatamente, com o aplicativo passando a funcionar em um smartphone nas mãos dos criminosos e usado para a aplicação de golpes.

Mais uma vez, vale a dica das senhas de banco: códigos de verificação jamais serão solicitados por atendentes e não devem ser passados a ninguém. Do outro lado, desconfie de pedidos urgentes por transferências via Pix ou pagamento de boletos: pode ser um bandido falando em nome de seu ente querido.

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Vale a pena, ainda, ativar a autenticação em duas etapas do WhatsApp, que protege a conta com mais uma senha, que deve ser digitada no próprio aparelho. Ela, novamente, não deve ser passada a ninguém e é exclusiva para autorizar o uso do mensageiro pelo próprio dono da conta.

Golpe da troca de cartão

Outro golpe bastante manjado, mas que ainda faz vítimas em todo o Brasil. Em lojas presenciais, atendentes ligados a criminosos ficam de olho enquanto o usuário digita a senha para validar uma compra. Na sequência, sem que ele perceba, trocam o cartão por outro, enquanto aproveitam a distração para realizar compras fraudulentas antes que a vítima perceba. De acordo com a Febraban, o mesmo também pode acontecer em caixas eletrônicos, no oferecimento de ajuda para resolver dificuldades no uso do terminal.

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O ideal, em todos os casos, é sempre ficar de olho que o cartão recebido é o próprio e ativar a aproximação dos plásticos, de forma que nem mesmo seja preciso entregar na mão do atendente na hora de realizar uma compra. Nos caixas eletrônicos, a dica é procurar ajuda, apenas, de funcionários uniformizados, que trabalhem para o próprio banco.

Golpe do link falso

Ofertas atrativas, itens gratuitos, boletos para pagar e alertas importantes são a alma desse golpe de phishing, que envia links fraudulentos aos usuários. A ideia é levar a possível vítima a sites que possuem a aparência dos reais ou falam em nome de grandes empresas, de forma a induzir o preenchimento de cadastros com dados pessoais ou o download de aplicativos ou arquivos com vírus.

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O desconfiômetro é a melhor arma contra ataques desse tipo. O usuário sempre deve desconfiar de promoções cujos valores são baixos demais ou comunicações não solicitadas por e-mail ou aplicativo de mensagens. Vale, também, prestar atenção no remetente de tais contatos, verificando se ele realmente faz parte da organização que diz representar e ignorando contatos em qualquer sinal de dúvida. Aplicativos e arquivos só devem ser baixados de fontes seguras, como sites reconhecidos ou lojas de aplicativos oficiais.

Golpe do falso leilão

Sites de venda são o principal campo para esse tipo de fraude, na qual produtos são anunciados por valores bem abaixo do padrão do mercado, seja em páginas falsas ou marketplaces conhecidos. Quando atraem interessados, os golpistas exigem pagamentos ou transferências via Pix como forma de “assegurar” a oferta, antes que ela seja passada a outro cliente.

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A urgência em fechar o negócio por um valor vantajoso faz com que as pessoas se tornem vítimas, jamais recebendo os produtos. Além disso, a falsa venda também pode ser usada como motivo para a obtenção de dados pessoais como nomes completos, CPF e endereços pelos golpistas.

O ideal é que o usuário se certifique que a negociação é legítima antes de realizar qualquer pagamento. No caso de sites como o Mercado Livre, por exemplo, toda transação deve ser feita pelos sistemas da própria plataforma, enquanto na OLX, o pagamento só deve ser realizado depois que o produto foi verificado.

Golpe do delivery

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Também conhecido como a fraude da maquininha quebrada, essa abordagem se tornou comum durante a pandemia da covid-19 e não dá sinais de parada. O objetivo é pegar os clientes que optam por pagar na entrega, com o motoboy utilizando um aparelho com visor danificado ou oculto, no qual o valor inserido é bem maior que o do pedido. O usuário não vê, autoriza a compra com a senha e só percebe o problema quando já é tarde demais.

Pedidos que são pagos pelo aplicativo também são alvo de uma variação do golpe, na qual o entregador alega problemas ou uma mudança de rota que gerou uma taxa extra ou um novo processo de delivery. O pedido pelo frete adicional, na realidade, é uma isca para passar um valor superior no cartão de crédito, em uma fraude que pode contar até mesmo com o apoio de comparsas que, pelo telefone, se passam por donos de restaurantes ou atendentes de bancos.

O cliente sempre deve conferir o valor inserido pelo motoboy na hora de realizar o pagamento na entrega. Caso prefira acertar o pedido pelo aplicativo, deve recusar qualquer cobrança adicional, bem como desconfiar de ligações pedindo dados pessoais e informações financeiras.

Golpe do falso boleto

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Megavazamentos de informações pessoais e a possibilidade de geração de cobranças a partir de contas em fintechs aceleraram esse tipo de fraude. Os criminosos são capazes de apresentar documentos altamente convincentes, com direito a todos os dados do cliente e até um código de barras válido para pagamento, enquanto os valores vão direto para o bolso dos golpistas.

Tais boletos, normalmente, são apresentados por e-mail ou através de mensagens instantâneas. Antes de realizar o pagamento, é importante conferir se todos os dados estão corretos, tanto os próprios quanto os do recebedor, e fazer o mesmo no momento em que a transação é autorizada no aplicativo ou site do banco.

Roubo de celulares, com foco em fraudes

O crime envolvendo smartphones, há muito tempo, deixou de estar concentrado apenas no valor de revenda dos aparelhos. Aplicativos de bancos e redes sociais também são interessantes para os bandidos, que podem aproveitar o momento de tensão e a demora da vítima em agir para realizar transações fraudulentas, pedir empréstimos e fazer compras online usando cartões e a conta bancária registrados nos dispositivos.

Medidas de segurança dos próprios celulares, como a segurança biométrica ou, pelo menos, por senha, ajudam a evitar problemas assim. Caso esteja disponível, habilite o recurso de bloquear aplicativos específicos, de forma que uma validação seja necessária antes da abertura, e não salve senhas em contatos na agenda, e-mails ou conversas expostas.

Vale a pena, ainda, manter os sistemas de rastreamento e bloqueio à distância dos dispositivos sempre ativados. Anotar o IMEI do celular também ajuda na hora de bloquear o aparelho junto à operadora de telefonia.

Golpe do consignado

Novamente, o esquema envolve um bandido se passando por atendente de banco, oferecendo empréstimo a aposentados e pensionistas com condições vantajosas. Entretanto, para que a oferta seja liberada, é exigido um pagamento ou transferência por meio do Pix, de forma a cobrir taxas e eventuais custos envolvidos na liberação do dinheiro. Dados pessoais ou financeiros também podem ser solicitados para a realização de fraudes.

A liberação de crédito, simplesmente, não funciona desta maneira, nem existe a cobrança de taxas ou exigência de pagamentos antecipados para a liberação do consignado. Novamente, atendentes de bancos jamais solicitarão senhas ou dados sensíveis dos clientes, enquanto, de maneira geral, é importante desconfiar de propostas que pareçam vantajosas demais ou não estejam disponíveis em sites ou comunicações oficiais.

Fonte: Febraban