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Duas em cada três empresas não confiam em recuperação após sequestro digital

Por| Editado por Jones Oliveira | 10 de Setembro de 2021 às 14h30

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Divulgação/Dell Technologies
Divulgação/Dell Technologies

Na mesma medida em que aumento os números de ataques de ransomware em todo mundo, também cresce a incerteza das empresas com relação à proteção e recuperação após um golpe desse tipo. A insegurança é tamanha que 67% dos executivos acreditam que seus dados críticos não seriam recuperáveis após um incidente desse tipo, enquanto 62% pensam que seus sistemas de defesa não são adequados para impedirem tais ameaças.

As incertezas são explicadas pelos números de ataques efetivamente realizados. De acordo com o levantamento da Dell, no último ano, o custo médio de incidentes envolvendo perdas de dados foi de US$ 959,4 mil; o valor, já alto o bastante, ultrapassa a casa do milhão quando são considerados os prejuízos oriundos do tempo de inatividade, que foram de cerca de US$ 513 mil.

Os dados aparecem em uma pesquisa global da Dell Technologies, que colocou o trabalho remoto como o principal fator visualizado pelas companhias como vetor para o crescimento nos golpes de ransomware. Essa é a visão de 74% dos entrevistados, enquanto 67% também citam dificuldades para proteger aplicações que rodem na nuvem; há a percepção, ainda, de que o investimento em tecnologias novas e que ainda não amadureceram o bastante, como inteligência artificial, machine learning e contêineres Kubernetes, aumentam os desafios de segurança.

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58% dos entrevistados nas Américas, por exemplo, não têm certeza de que são capazes de proteger todos os dados corporativos disponíveis em nuvem pública, uma informação que contrasta com 68% deles utilizando tais tecnologias como um método de recuperação. Há, porém, um amplo conhecimento de que a responsabilidade por essa defesa é compartilhada, com apenas 25% dos executivos acreditando que os provedores cloud são os responsáveis pela proteção dos dados.

Ainda assim, o trem do progresso não pode ser parado e isso aparece de forma evidente no crescimento de plataformas “as a service”, com backups, armazenamento e sistemas de recuperação de desastres aparecendo no topo do ranking de soluções desse tipo procuradas pelas companhias, com valores que vão de 41% a 47% dos entrevistados. Há preferência, também, por uma simplificação, com 91% das companhias das Américas acreditando que trabalhar com um único fornecedor, que tenha todas essas ofertas, sendo a preferência.

É um dado que mostra mudança no mercado, já que hoje, mais de metade das empresas lidam com vários parceiros desse tipo. São elas, também, que perdem o maior volume de dados em caso de um incidente catastrófico — segundo a Dell, a perda média é de 1,91 TB para quem tem vários fornecedores, contra 1,15 TB para aqueles que trabalham com uma única parceria de proteção de dados. Os números, também, mostram uma relativa boa notícia, com queda de 11% no total de perdas registradas em 2021, na comparação com o ano passado.

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Atenção no que importa

A conclusão do Índice Global de Proteção de Dados da Dell é em prol da redução de riscos, que também carrega para baixo as incertezas reveladas pelos executivos de TI. De acordo com os especialistas, a resiliência cibernética, tanto na defesa contra ataques quanto na mitigação e recuperação em caso de incidente, devem se tornar a prioridade das companhias neste momento, com investimentos a longo prazo.

Análises regulares de prontidão e testes dos sistemas de proteção de dados, assim como um conhecimento das redes em que as informações estão armazenadas, surgem como o principal destaque para que, nas palavras da própria Dell, as companhias estejam um passo à frente. Reduzir o risco, em um ambiente plural de ameaças, é a rota ideal para diminuir, também, as inseguranças e efeitos práticos dos incidentes cibernéticos.

Os resultados apresentados pela Dell Technologies são baseados em entrevistas com 1.000 executivos responsáveis pela tomada de decisões em TI, de organizações de todo o mundo.

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Fonte: Dell Technologies