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Criminosos estão extorquindo usuários de apps de relacionamento LGBTQ+

Por| Editado por Claudio Yuge | 27 de Junho de 2022 às 18h20

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Jonas Leupe/Unsplash
Jonas Leupe/Unsplash

A comunidade LGBTQ+ é alvo de uma nova campanha de extorsão com foco em aplicativos como Grindr e Feeld. Os criminosos se passam por usuários das soluções e trocam fotos íntimas com as vítimas; ao receberem as imagens, porém, passam a ameaçar vazar o conteúdo para familiares e colegas de trabalho caso não recebam pagamento em forma de cartões-presente.

Buscas em redes sociais e fotos pessoais publicadas nestas redes ajudam os criminosos a extorquirem as vítimas com maior eficácia. A preferência seria por funcionários de grandes empresas e indivíduos que não saíram do armário, com alguns casos envolvendo até ameaças diretas de entrega das imagens íntimas para cônjuges, chefes e pais.

O alerta foi feito pela Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) do governo dos Estados Unidos. De acordo com o órgão, a escolha pelos gift cards está relacionada à maior dificuldade de rastreamento das compras e operações realizadas, com os cartões costumeiramente sendo vendidos em marketplaces online, por valores menores do que apresentam, como maneira de lavar o dinheiro.

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O aviso se junta a outros já feitos por autoridades americanas. De acordo com o FBI, por exemplo, mais de US$ 113 milhões foram perdidos em 2021 por vítimas desse tipo de extorsão, com as autoridades falando de um aumento significativo deste tipo de crime a partir de setembro do ano passado. Foram mais de 18 mil denúncias do tipo no período, somente em um serviço de recebimento de ocorrências pela internet.

Comentando casos desse tipo, o Grindr alerta que apps de relacionamento costumam ser alvo de golpistas que buscam se aproveitar daqueles em busca de romance para praticar crimes. A empresa tem guias de melhores práticas disponíveis online e o mesmo também vale para o Feeld, que pediu atenção a seus usuários na hora de compartilhar imagens e informações pessoais, já que tais dados podem ser usados em fraudes financeiras e extorsão.

Como evitar a extorsão em apps de relacionamento

Não enviar dados e informações pessoais em softwares desse tipo, bem como imagens íntimas, são bons caminhos para evitar cair em golpes. É importante conhecer bem quem está do outro lado da conversa antes de passar detalhes ou arquivos desse tipo, enquanto buscas reversas de imagem ou a troca de perfis em redes sociais podem servir para confirmar a identidade do pretendente.

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Ao marcar encontros, é melhor preferir locais públicos e movimentados. Avisar um amigo sobre a marcação do date também pode servir como uma boa medida de proteção, assim como compartilhar a localização e o status do “date”, de tempos em tempos, para garantir que tudo corra bem.

Caso esteja sendo extorquido ou ameaçado, o ideal é procurar a autoridade policial. Ceder e pagar não é uma boa opção, já que não há garantida nenhuma de que o bandido cumprirá o prometido, abrindo, inclusive, a possibilidade de novos pedidos de dinheiro no futuro, enquanto ele permanecer em posse das imagens íntimas.

Fonte: FTC