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Cibercrime: na América Latina, empresas já são mais atacadas do que os cidadãos

Por| 01 de Outubro de 2020 às 22h40

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Reprodução/Caspar Camille Rubin (Unsplash)
Reprodução/Caspar Camille Rubin (Unsplash)
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Quem você acha que sofre mais ataques cibernéticos: os cidadãos comuns ou as empresas? Segundo a mais nova pesquisa divulgada pela Kaspersky, dois em cada três ataques detectados na América Latina são focados em pessoas jurídicas — a companhia afirma ter registrado nada menos do que 37,2 milhões de ameaças contra companhias desde o começo de 2020. Contra cidadãos, foram “apenas” 20,5 milhões.

O relatório inclui números de seis países do continente, sendo que o Brasil reina absoluto como o país com mais incidentes (56%). Logo em seguida, temos México (28%), Colômbia (7,3%), Peru (5,4%), Argentina (1,9%) e Chile (1,6%). O coeficiente de proporção de ameaças e alvos efetivamente atacados, porém, coloca os nossos hermanos como a população mais afetada.

“O índice mostra a probabilidade de uma pessoa ser vítima de um ataque em determinado país. Com base nele, podemos ver que há mais probabilidade de um argentino ser vítima de um ciberataque do que um chileno”, explica Dmitry Bestuzhev, chefe da equipe Pesquisa e Análise Global (GReAT) na América Latina.

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No cenário corporativo, as coisas continuam similares, com o Brasil concentrando o maior número de ameaças (56%), sendo seguido por México (23%), Colômbia (10%), Peru (4,2%), Chile (3,2%) e Argentina (3,2%). Novamente, levando como base o coeficiente de risco, as empresas argentinas têm mais chances de se darem mal — as corporações peruanas são as que têm uma vida mais tranquila.

Como sempre, o home office

Como diversas outras pesquisas do ramo já mostraram, com a adoção massiva do trabalho remoto, uma das ameaças mais presentes se tornou a tentativa de invasão de servidores remotos configurados erroneamente (protocolo de desktop remoto ou RDP — remote desktop protocol, no original em inglês). Se juntarmos todos os ataques desse tipo registrados no continente desde o começo do ano, temos a máxima de 517,1 milhões.

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“A adoção do trabalho remoto, uma modalidade que muitas empresas tiveram que adotar devido à pandemia, tornou mais fácil para os cibercriminosos atacarem sistemas que antes não estavam acessíveis pela internet”, explica Dmitry. Porém, smartphones também simbolizam um grande risco.

“Entre as ameaças mais comuns estão os falsos Adblockers, que mostram mais publicidade em vez de escondê-las, o trojan bancário Cerberus e o trojan Boogr, que instalam outros apps e registram a vítima em serviços premium – ambas formas diretas ou indiretas de monetizar o ataque”, finaliza o executivo.

Fonte: Kaspersky