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Cibercrime rompe a barreira de 1 milhão de malware por dia

Por| 17 de Agosto de 2016 às 21h50

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Cibercrime rompe a barreira de 1 milhão de malware por dia
Cibercrime rompe a barreira de 1 milhão de malware por dia

O cibercrime atingiu uma marca histórica: mais de um milhão de peças de malware - especificamente 1,179 milhão - foram criadas ao dia em 2015, resultando em 430,5 milhões de ocorrências. Isso representa uma alta de 35% frente aos 317 milhões do ano anterior, segundo o Internet Threat Security Report (ISTR 2016), estudo anual da Symantec que faz uma leitura sobre as ameaças da internet.

Entre os milhares de casos, dois modelos chamaram a atenção, seja por seu crescimento exponencial, seja pelo caráter inovador: o ransomware e as ameaças de mídias sociais.

Falando de ransomware, modalidade que sequestra acesso à aplicação ou dispositivo e só libera quando o usuário paga um resgate, o destaque foi para a tipo cripto-ransomware, que retém dados, totalizando quase mil ataques por dia. No total, foram 362 mil ataques em 2015, o que representa um avanço de 35% frente as 269 mil ocorrências do ano anterior.

O ransomware existe desde 2005, mas praticamente desapareceu em 2006. Em 2013, começou a retomar o fôlego no cenário de ciberameaças, atingindo seu auge em 2015 graças à popularização das bitcoins, ou moeda virtual aceita globalmente. Por ser ilegal, o pagamento desses resgates deve ser feito de forma não rastreável. Em suas primeiras ocorrências, o ransomware era pago mediante cartões pré-pagos (MoneyPak, UKash, entre outros) muito populares na Europa, mas praticamente inexistentes ao redor do mundo, o que dificultava sua "globalização". Agora, com bitcoin, não há mais fronteira para esse tipo de malware, que deve continuar em ascensão nos próximos anos.

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Abaixo, o ranking por ocorrências de ransomware na América Latina, segundo o ISTR 2016.

Ranking ALRanking GlobalPaísAtaques ao dia (média)
122Brasil72
225México66
352Peru14
460Argentina9
564Chile7

O social media scan, ou ataque via redes sociais, também ganhou destaque no último ano. O México ficou em primeiro lugar no ranking de países da América Latina que mais sofreram esse tipo de ameaça:

Ranking ALPaís

Ocorrências em relação à média global

Compartilhamento de vírus (manual sharing)

Ofertas falsas
1México3,95%10,95%51,40%
2Brasil2,8%71,60%9,37%
3Colômbia1,66%13,77%80,83%
4Peru1,24%21,49%70,53%
5Argentina 0,81%20,71%70,17%
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Vemos comportamentos diferentes de um país para outro. No Brasil, o modelo mais comum de ataque é o manual sharing, ou compartilhamento não-intencional de vírus. Funciona assim: para ler determinada notícia (normalmente, muito chamativa e completamente falsa), o usuário é obrigado a, primeiramente, aceitar um termo do site que obriga o compartilhamento daquele conteúdo em seus perfis sociais. Quando aceita, é forçado, muitas vezes sem perceber, a instalar um software malicioso, que infecta sua máquina. Ele passa, então, a ser um vetor de vírus, compartilhando conteúdos contaminados em suas timelines.

Nos demais países da América Latina, o destaque foi para as falas promoções, ou fake offers, com uma média de 70% das ocorrências na Colômbia, Peru e Argentina, 51% no México e, a título comparativo, apenas 9,3% no Brasil.

Proteger-se virou fator de urgência, tanto para pessoas físicas quanto pessoas jurídicas.

Fonte: ISTR 2016