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Ciberataque faz hospital que tratava pacientes do coronavírus fechar as portas

Por| 16 de Março de 2020 às 12h56

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Ciberataque faz hospital que tratava pacientes do coronavírus fechar as portas
Ciberataque faz hospital que tratava pacientes do coronavírus fechar as portas

Um hospital na República Tcheca foi obrigado a suspender ações contra o coronavírus e remanejar seus pacientes para uma estrutura alternativa após sofrer um ciberataque de natureza não divulgada pelo governo. O Hospital Universitáro de Brno é o segundo maior do país e vinha sendo usado como um dos principais centros de testes para infecções do SARS-CoV-2, o popular “novo coronavírus”.

O ataque foi confirmado pela autoridade local em cibersegurança e, embora a natureza dele não tenha sido detalhada, os oficiais do governo e executivos da instituição informaram que foi de intensidade suficiente para tirar-lhe a capacidade de transferir dados e informações clínicas de sistemas separadas para um banco de dados central. Por conta disso, eles foram forçados a desligar os equipamentos tecnológicos. Atualmente, o Escritório Nacional Tcheco para Segurança Cibernética e da Informação (NÚKIB) está trabalhando para levar o sistema de volta ao seu pleno funcionamento.

Ameaças virtuais relacionadas ao coronavírus vinham, até agora, se limitando a esquemas de phishing e roubo de informações por meio de páginas falsas e mensagens por aplicativos como WhatsApp e similares. Embora esse seja um dos primeiros casos onde uma abordagem mais direta e ofensiva tenha sido executada, especialistas em segurança já vinham alertando que a situação de pandemia do vírus poderia ser um atrativo para cibercriminosos de todo tipo.

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Em entrevista ao Techradar, o fundador da plataforma de inteligência humana e análise OutThink, Flavius Pesu, disse que a situação trazida pela COVID-19 se mostrará um terreno fértil para hackers que queiram tirar proveito de estruturas mais relaxadas de segurança, urgindo para que entidades revisem e aprimorem suas práticas: “Em tempos de crise, hackers enxergam oportunidades. Infelizmente, com tantos funcionários hospitalares tendo de ir além de suas obrigações em um esforço para impedir o avanço do coronavírus, eles não estarão pensando na cibersegurança. Hackers sabem disso, e terão como alvo específico o setor de saúde”.

Outros especialistas ainda levantam a possibilidade de que a questão do “distanciamento social”, que vem levando empresas a pedirem que seus funcionários trabalhem de casa, também pode se provar um desafio às práticas de segurança tecnológica: “As organizações devem se manter particularmente vigilantes nessa época, assegurando que aqueles que estiverem em conexão remota usem a cautela. Elas devem conversar de forma clara com os seus colaboradores, certificando-se de que eles estejam cientes dos riscos, e falam todo o possível para garantir o acesso remoto seguro para aqueles que se encontram em isolamento ou conectando-se de casa”, disse David Emm, Chefe de Pesquisa de Segurança da Kaspersky.

Fonte: Techradar