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Chefe do FBI no Brasil promete apertar o cerco contra cibercriminosos
Não é todo dia que você tem a oportunidade de ouvir David Brassanini, diretor de operações do FBI no Brasil, falar a respeito da atuação do órgão a respeito do mundo dos crimes cibernéticos. Mas foi exatamente essa a experiência que os participantes da Cyber Security Summit 2020, conferência online que aconteceu nesta terça-feira (29), tiveram, já que o encerramento do evento ficou por conta de David.
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Segundo o especialista, a chave para combater o cibercrime manter uma colaboração internacional — de agências governamentais, setor privado e até mesmo organizações sem fins lucrativos — com o objetivo de manter nossas ações protegidas. “A missão que nós temos é manter os nossos cidadãos e a nossa infraestrutura nacional seguros, pois as ameaças que enfrentamos não param de crescer”, explica. “Estamos acostumados com isso. Quando as coisas ficam difíceis, nós nos adaptamos e evoluímos”.
Durante sua fala, Brassanini ressaltou que as ameaças mais perigosas da área cibernética são oriundas da China — com o intuito de roubar propriedades intelectuais — e da Rússia — que tenta atingir a infraestrutura crítica de outros países. “Não é só nos Estados Unidos. Outros países também são alvos desse direcionamento”, revela.
O diretor comentou ainda sobre o APT41, famoso grupo de hackers estatais chineses que tomaram a mídia recentemente após a revelação de que eles estariam mantendo inúmeras campanhas de espionagem contra empresas norte-americanas. Para David, a ideia do FBI é mostrar, cada vez mais, que esse tipo de ação terá graves consequências, mitigando a atividade criminosa.
“Nossa estratégia, em poucas palavras, é impor riscos e consequências aos adversários cibernéticos. Queremos tornar mais difícil e doloroso para que os criminosos façam o que eles fazem. E a melhor maneira de fazer isso é avançando em nossas legislações e nossas parcerias duradouras, inclusive no Brasil. É uma mudança que queremos desenvolver, pois existe uma inovação que ajuda a todos nós a evoluir para enfrentar esses riscos”, finaliza.
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