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Celulares são os itens mais explorados por golpistas no e-commerce em 2022

Por| Editado por Claudio Yuge | 15 de Junho de 2022 às 13h20

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Rawpixel/Envato
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Os celulares são os produtos mais visados pelos golpistas na hora de realizar fraudes por meio do comércio eletrônico. Os smartphones representaram 40% dos casos registrados durante o primeiro trimestre de 2022, seguidos de vídeo games, com 19%, e computadores, com 12%. Como dá para imaginar, os iPhones são os preferidos dos criminosos, com 70% dos golpes envolvendo dispositivos desse tipo.

Os dados aparecem em um estudo da OLX, realizado ao lado da plataforma de proteção de identidade AllowMe. O levantamento também mostrou que o antigo golpe da compra confirmada, no qual e-mails e comprovantes de pagamento são fraudados para simular uma aquisição de produto e induzir o vendedor ao envio, é o mais comum, com 68% dos casos de fraude registrados entre janeiro e março deste ano.

Em segundo lugar estão os anúncios falsos, com 31%, quando o criminoso faz a publicação de um produto sem o possuir de verdade, como forma de atrair compras e transferências das vítimas. Tal informação dialoga diretamente com outro dado da categoria iPhone, na qual os anúncios fraudulentos são feitos por valores cerca de 14% mais baratos que os produtos idôneos, justamente como forma de chamar mais atenção dos clientes e aumentar a possibilidade de um golpe bem-sucedido.

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O valor também mostra sua importância na lista de dispositivos mais visados pelos golpistas, com o iPhone 11, mais caro, liderando à frente do iPhone XR e do iPhone 8 Plus, modelos com preços mais baixos e que podem passar por unidades usadas ou antigas. O iPhone 12 Pro Max e o iPhone 11 Pro Max completam a lista.

O prejuízo estimado pela OLX pelos golpes praticados no primeiro trimestre de 2022 é de R$ 39,7 milhões, com a maioria das vítimas sendo homens (70%), com idades até 31 anos (77%). O estado de São Paulo foi o que teve mais fraudes confirmadas, com 30% dos casos, seguido do Rio de Janeiro (16%) e Minas Gerais (9%).

“Os fraudadores atuam, principalmente, na falta de conhecimento dos usuários sobre os processos de compra e venda eletrônica para aplicar engenharia social e enganá-los”, explica Beatriz Soares, diretora de produto e operações da OLX. Na visão dela, a educação sobre os sistemas e comportamentos suspeitos pode ajudar na proteção dos clientes e evitar que as pessoas caiam em golpes desse tipo.

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Já Ranier Aquino, especialista em prevenção à fraude do AllowMe, aponta a impulsividade como principal fator, com os usuários “deixando a razão de lado” ao verem preços mais baixos e estoques limitados de um produto que desejam muito. “[Os clientes] aguem pela emoção, têm pressa e acabam não se atentando às dicas de segurança das plataformas, deixando de conferir comprovantes de pagamento e contas de recebimento”, completa.

Como se proteger de golpes no e-commerce

A atenção e o desconfiômetro são os melhores aliados das compras seguras na internet. Fique atento, sempre, a anúncios que prometam produtos populares a preços bem abaixo do usual ou promoções boas demais para serem verdade — normalmente elas são mentira. Sites falsos, também, podem ser usados para atrair compras fraudulentas, usando o nome de grandes varejistas e marcas.

Na hora de vender um produto, fique atento a comprovantes e documentos, verificando se o valor caiu em sua conta antes de realizar o envio. Da mesma maneira, na compra, é importante observar a reputação de vendedores e lojistas, em busca de comentários negativos ou que denotem problemas, antes de realizar qualquer tipo de pagamento; prefira sempre os meios sancionados pelas próprias lojas, em vez de depósitos diretos ou transferências via PIX.