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Brasil foi o 2º mais atingido por ciberataques na América Latina

Por| Editado por Claudio Yuge | 27 de Fevereiro de 2023 às 19h20

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master1305/Envato
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O Brasil ficou na segunda colocação no índice de países que mais sofreram ataques cibernéticos na América Latina. No ano passado, foram registrados 103,1 bilhões de incidentes em nosso país, 16% a mais do que o registrado em 2021 e nos colocando atrás apenas do México, onde foram detectadas 187 bilhões de tentativas de intrusão ao longo de 2022.

O território da América Latina e Caribe apresentou crescimento considerável, com 360 bilhões de golpes registrados em todos os países no ano passado. Os números de México e Brasil, entretanto, os colocam bem à frente de outros integrantes da região, como a Colômbia, que aparece na terceira colocação com 20 bilhões de incidentes, e o Peru, que completa o ranking com 15,4 bilhões.

Os números são da Fortinet, empresa de segurança que também desenha um panorama perigoso e de intensificação de ameaças para este ano. Ela destaca, por exemplo, um crescimento de 61,7% na atividade criminosa registrada no Brasil entre o terceiro e o quarto trimestres de 2022, fruto, principalmente, da distribuição em massa de malwares e da exploração de falhas conhecidas, mas ainda não atualizadas pelas corporações.

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Os dados apontam que a brecha Log4J continua a causar danos em organizações, principalmente, dos setores de tecnologia, governo e educação. Enquanto os ransomwares continuam em alta e sem tendência de desaceleração no total de ataques, com 82% dos casos registrados em 2022, a empresa de segurança aponta um crescimento cada vez maior nas contaminações por wipers, pragas focadas na destruição de arquivos nos sistemas infectados.

De acordo com os especialistas, o modelo de cibercrime como serviço, no qual desenvolvedores de ameaças oferecem suas soluções aos interessados em realizar ataques, auxilia nesse movimento. As tensões geopolíticas globais também levaram a mais golpes voltados à destruição de arquivos, com o crescimento de 53% nas atividades desse tipo entre o terceiro e o quarto trimestres do ano passado mostrando essa como uma tendência criminosa forte para 2023.

Menos trabalho, mais dinheiro

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Segundo os dados da Fortinet, prevalecem os cibercrimes ligados a fins financeiros, com 73,9% dos casos registrados em 2022 relacionados a esse tipo de ganho, deixando a espionagem em um distante segundo lugar com 13%. Esse foco também traz uma busca por mais agilidade por parte dos criminosos, o que leva à reutilização de códigos em novos malwares ou ao uso de falhas conhecidas como vetor de entrada e permanência nos sistemas contaminados.

“Quando analisamos os malwares mais prevalentes no segundo semestre de 2022, a maioria foi ocupada por pragas com mais de um ano de criação. A reutilização de códigos é uma maneira eficiente e lucrativa para os criminosos obterem resultados enquanto fazem ajustes para superar obstáculos defensivos”, explica Derek Manky, estrategista-chefe de segurança e vice-presidente global de inteligência de ameaças da FortiGuard Labs.

Ao mesmo tempo, as estatísticas também mostraram técnicas mais sofisticadas de aproveitamento de aberturas e permanência nos sistemas contaminados. Enquanto botnets antigas ainda se mostram muito eficazes, o uso de vulnerabilidades como Log4J se mostram como uma oportunidade constante, com os bandidos sempre confiando na demora das organizações em atualizarem seus sistemas ou aplicarem as devidas medidas de segurança.