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Brasil é o país mais atingido por vírus que rouba dados e cartões de crédito

Por  • Editado por Claudio Yuge | 

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Sean Do/Unsplash
Sean Do/Unsplash

Levou apenas uma semana, a partir da descoberta, para que o Brasil se tornasse o país mais atingido pelo NullMixer. O dropper, capaz de baixar mais de duas dezenas de malwares diferentes para os computadores das vítimas, já fez mais de 10 mil vitimas em nosso país, que concentra mais de 20% de todas as detecções globais da praga; mais do que o triplo da Índia, a segunda colocada em ataques.

Os números representam a ampla disseminação de uma praga que pode roubar desde dados pessoais e cartões de crédito até credenciais de redes sociais e carteiras de criptomoedas, recebendo comandos para o download de ferramentas específicas de exploração de acordo com o desejado pelos bandidos. O alerta, mais uma vez, é publicado pela empresa de segurança digital Kaspersky, que volta a citar os sites de pirataria como principal vetor de disseminação. Usando técnicas de SEO, os bandidos fazem com que as páginas maliciosas prometendo o download grátis de jogos e aplicações apareçam com destaque nas buscas do Google, enquanto arquivos em formato ZIP servem para entregar o malware, que se instala juntamente com o programa em questão.

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Auxilia na contaminação, por exemplo, o fato de que os usuários acostumados a programas piratas saberem que os cracks, que servem para destravar os softwares, costumam chamar a atenção de softwares antivírus; o arquivo zipado também vem protegido por senha, o que dificulta uma análise. Assim, os utilizadores acabam ignorando os alertas e, com isso, abrem a porta para o NullMixer, que começa a realizar o download de novos vírus e executa ações maliciosas no computador.

Por intermédio dele, chegam à máquina malwares conhecidos como o RedLine Stealer, SmokeLoader, Joker, Vidar e PseudoManuscrypt, que realizam as diferentes tarefas de comprometimento. A ação também é rápida, uma vez que os alertas de segurança não importam às vítimas, com o furto de credenciais, cartões de crédito, dados digitados, informações pessoais e outros itens acontecendo de forma massiva e automatizada, para que sejam usados em novas fraudes.

Como evitar vírus ao baixar aplicativos e jogos

Como aponta Fabio Assolini , diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky na América Latina, o download de softwares pirateados é como uma “roleta”, na qual o usuários nunca sabe se vai receber o que procura e, também, algo a mais. Enquanto isso, aponta ele, o uso de softwares conhecidos, opções gratuitas renomadas ou programas licenciados ajuda a evitar o risco.

É essa, então, a principal recomendação de segurança. Os usuários devem preferir sites conhecidos e páginas de desenvolvedores na hora de baixar softwares para o computador ou celular. Não ignorar alertas de aplicações de segurança, como antivírus, também ajuda a manter a proteção, enquanto programas e o sistema operacional devem estar sempre atualizados, de forma que brechas conhecidas não possam ser utilizadas pelos bandidos.

Fonte: Kaspersky