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Ataques contra gamers foram os que mais cresceram durante a pandemia

Por| Editado por Jones Oliveira | 23 de Junho de 2021 às 18h10

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Ataques contra gamers foram os que mais cresceram durante a pandemia
Ataques contra gamers foram os que mais cresceram durante a pandemia

O engajamento e o tempo gasto em games aumentou significativamente durante a pandemia do novo coronavírus e, com isso, também o nível de ataques contra jogadores e a própria indústria. Um levantamento mostra, agora, que o setor de jogos foi o que teve maior crescimento no índice de ataques desde o ano passado, com um volume de ameaças mais de 340% maior que o registrado em 2019.

Os dados são do Akamai, empresa voltada a soluções de proteção em experiências digitais, que mostram um volume de aproximadamente 240 milhões de tentativas de ataque diárias contra o setor de games. Os principais métodos são os golpes de phishing, com foco no roubo de credenciais de acesso, ou o uso de sites fraudulentos que prometem a compra de itens virtuais, também focados no roubo de dados pessoais e bancários.

O levantamento também mostra uma persistência no volume de ataques ao contrário das outras indústrias, com picos e reduções constantes. No caso dos jogos eletrônicos, houve uma grande alta em julho de 2020, com os números retornando ao patamar usual e permanecendo como tal até os tempos atuais, o que significa que as tentativas de ataque testam consistentemente as defesas dos servidores e, também, miram os jogadores de maneira constante.

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Para Steve Ragan, pesquisador de segurança da Akamai, esse panorama é perigoso pois a proteção nem sempre é uma prioridade para o público consumidor de jogos. Ao mesmo tempo, muitos dos ataques foram voltados às companhias, com servidores e bancos de dados sendo testados de forma constante em busca de falhas que possam levar ao vazamento de dados pessoais e financeiros, que circulam como item essencial, principalmente, dos jogos mobile ou entre os mais lucrativos do mercado, todos focados em microtransações.

Entre os tipos de ataques detectados, 59% foram da categoria SQL Injection, que tenta se aproveitar de falhas de configuração ou vulnerabilidades em bancos de dados para aplicar comandos que possam levar à obtenção de dados. Em segundo lugar está a inserção de arquivos maliciosos nos servidores (24%), seguido das tentativas de cross-site scripting (7,5%), que permitem a execução de códigos a partir de sites e soluções legítimas, de forma a enganar quem acessa.

Nesse sentido, e também no foco maior pelos serviços mais financeiramente rentáveis, a indústria de games segue um caminho semelhante ao de outras verticais que também foram alvo de ataques durante a pandemia, como os setores financeiro ou indústria. Entretanto, a Akamai levanta novamente o ponto quanto à preocupação com a segurança, que por mais que seja uma prioridade de muitas empresas do setor, acaba não sendo para os usuários, levando a golpes mais bem-sucedidos contra eles.

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Prova disso é que, contra os jogadores, houve um aumento de 224% nas tentativas de intrusão a contas a partir de credenciais vazadas. Golpes desse tipo, juntamente com o uso de e-mails de phishing para roubo de informações, foram os maiores perigos aos gamers em 2020. Para os criminosos, se trata não apenas de ganhar acesso a perfis com itens valiosos e dados pessoais, mas também da venda destas informações no mercado negro, de forma que terceiros também possam realizar os golpes.

As recomendações de segurança, aos usuários, giram em torno do uso de senhas seguras e aleatórias, que não sejam repetidas em mais de um serviço, e da ativação de soluções de autenticação em duplo fator, de forma que, mesmo com suas credenciais, um atacante não obtenha acesso à conta. Além disso, a indicação é para que os usuários ignorem contatos, e-mails e demais ofertas mirabolantes relacionadas a aplicativos ou itens de jogos, preferindo realizar compras ou preencher cadastros apenas em sites e plataformas oficiais e reconhecidas.

Fonte: Akamai