O que é biometria?
Por Anderson Nascimento |

A biometria tem sido utilizada largamente nos nossos dias por ser um eficiente mecanismo de segurança. Biometria, em termos simples, significa o estudo estático das características físicas e comportamentais dos seres vivos; bio (vida) + metria (medida). Esse termo é utilizado também como maneira de identificar unicamente um indivíduo por meio de suas características físicas ou comportamentais.
Como formas de segurança, a biometria é utilizada para reconhecimento, identificação criminal, controle de acesso a dados e aparelhos etc. Como cada pessoa é única e possui características singulares, tanto em aspectos físicos como comportamentais, a biometria tem se mostrado uma maneira bem sucedida para auxiliar na segurança de empresas, instituições governamentais e em outras áreas.
Os sistemas biométricos podem requerer identificação através de diferentes características do corpo de uma pessoa, como os olhos, as digitais do dedo, a retina, a íris dos olhos ou ainda a palma da mão. Também é possível que sistemas biométricos consigam identificar alguém por meio da voz, maneira de andar, maneira como reage a sustos, etc.
A captura, a extração e a comparação são os principais componentes de um sistema biométrico. Na captura é possível realizar a aquisição de uma amostra biométrica para realizar a identificação de um indivíduo. Isso pode ser feito por meio de digitais ou por meio da leitura da íris do olho, por exemplo. Já na extração é realizada a remoção de uma amostra de informação biológica única do indivíduo, para que, com base nela, possa ser feita a identificação. O resultado dessa análise é chamado de template. Por último, a comparação utiliza o template armazenado para compará-lo com outra pessoa.
Na biometria comportamental, o estudo para identificação das pessoas é muito mais complexo. Isso porque essa identificação é feita baseada na maneira com que cada pessoa reage a diferentes situações. Por exemplo, alguns, quando são estimulados de maneira súbita, choram. Outros ficam agressivos e ainda outros demonstram uma reação bem mais tranquila. Também é possível que sistemas biométricos, que ainda estão sendo aperfeiçoados, identifiquem um indivíduo apenas pelo seu jeito de andar, mexer as mãos ou arrumar o cabelo. Cientistas acreditam que no futuro próximo, aparelhos que realizam esse trabalho possam substituir alguns falíveis sistemas de biometria baseados em características físicas.
Conheça a seguir os principais sistemas de leitura biométrica:
Impressão digital - Captação das linhas da impressão digital por meio de um leitor biométrico que impulsiona o sistema a compará-lo com seu banco de dados.
Reconhecimento facial - Realiza a leitura dos traços do rosto de um indivíduo.
Veias - Realiza a captação de informações baseados nos volumes de veias aparentes do corpo de uma pessoa.
Identificação pela íris - Fotografia da íris do olho realizada sob uma iluminação infra-vermelha.
Identificação pela retina - Informações são coletadas por meio de um foco de luz.
Geometria da mão - Envolve a identificação do tamanho, da estrutura e da posição da palma da mão de uma pessoa.
Reconhecimento de voz - Analisa a sonoridade, a gravidade e os sinais agudos de uma voz. Pode falhar, visto que existem pessoas que sofrem mudanças na estrutura oral.
Uma das mais conhecidas leituras biométricas atualmente é o reconhecimento de íris. Apesar da íris estar facilmente visível nos olhos de uma pessoa, ela é um componente interno do olho. Além disso, acredita-se que suas características se mantenham as mesmas durante toda a vida de uma pessoa. Suas características, por sinal, são muito complexas e únicas, o que aumenta consideravelmente sua confiabilidade.
A técnica para realizar a identificação por meio da íris é relativamente nova e começa com a aquisição de uma fotografia da íris tirada sob uma iluminação infra-vermelha. Esse tipo de iluminação ajuda a revelar uma complexidade maior da íris com pigmentação mais escura.
Vale ressaltar, porém, que um procedimento mais específico aparentemente não foi testado em pessoas com deficiências visuais ou cegas, o que deixa claro ainda que somente pessoas fisicamente capazes de enxergar podem utilizar a tecnologia de maneira confiável. No entanto, estudos recentes apontam que nem todas as pessoas deficientes estarão em uma situação incapaz de utilizar essa técnica, embora o reconhecimento nessas pessoas possua um grau de dificuldade bem mais elevado.
Enquanto se trabalha na melhoria do já eficiente mecanismo de identificação por íris, outro sistema de reconhecimento que está sendo estudado é a identificação por DNA. Apesar de ainda não ser considerada totalmente uma tecnologia biométrica, a identificação por DNA exige diversos procedimentos referentes a coleta, identificação entre outros, o que torna o método bastante complicado e muitas vezes inadequado.