Publicidade

Empresas brasileiras têm prejuízo de US$ 26 bi com perda de dados, aponta estudo

Por| 04 de Dezembro de 2014 às 09h46

Link copiado!

Empresas brasileiras têm prejuízo de US$ 26 bi com perda de dados, aponta estudo
Empresas brasileiras têm prejuízo de US$ 26 bi com perda de dados, aponta estudo

A EMC anunciou nesta quarta-feira (03) seu novo estudo global que detalha as perdas financeiras que empresas sofrem devido a perda de dados e falta de backups.

Intitulado Global Data Protection Index, o levantamento foi realizado em parceria com a empresa de pesquisa de mercado Vanson Bourne e questionou 3,3 mil responsáveis por decisões de TI em médias e grandes empresas dos setores público e privado de 24 países. No Brasil, 125 organizações foram consultadas.

No Brasil, o estudo consultou 125 organizações e constatou que as empresas tiveram prejuízos superiores a US$ 26 bilhões (cerca de R$ 66 bi) devido a perda de dados e a tempo de indisponibilidade de seus ativos. Mundialmente, o montante foi de US$ 1,7 trilhão (R$ 4,3 trilhões).

No total, 59% das empresas pesquisadas passaram por algum tipo de perda de dados nos últimos 12 meses. Nos últimos dois anos, houve um aumento médio de 400% no volume de dados perdidos, algo em torno de 3,15 TB de dados, ou 24 milhões de e-mails perdidos por empresa nos últimos doze meses.

Continua após a publicidade

Já o tempo médio de inatividade foi de 17 horas por empresa no mesmo período. Além das perdas financeiras, as interrupções causaram perda de produtividade do funcionário (49%) e atraso no desenvolvimento de produtos/serviços (42%).

De acordo com a EMC, as interrupções podem ser causadas por uma série de problemas. Entre os principais estão a falha de hardware (61%), perda de energia (45% e um dos motivos mais apontados entre as empresas brasileiras) e falha de software (26%).

Quem está na vanguarda da proteção?

Continua após a publicidade

As características das empresas encaixadas em cada um dos grupos de proteção de dados (imagem: EMC Global Data Protection Index)

A pesquisa separou as empresas pesquisadas em quatro categorias principais: "Líderes", "Adotantes", "Avaliadores" e "Retardatários", conforme o nível de proteção de dados que integram e qualidade das soluções para recuperação de informação que possuem.

No Brasil, apenas 0,48% das empresas questionadas ficaram no primeiro grupo, a maioria do setor financeiro. Mundialmente, 2,4% das pesquisadas foram consideradas líderes. No grupo dos "adotantes", se encaixam 8,8% das empresas brasileiras, contra 11,3% do mundo. 44,8% são "avaliadoras", contra 49,5%, e 46,4% são "retardatárias", contra 36,8% a nível global.

Na comparação com outros países pesquisados, o Brasil ficou com 29,1 pontos, em uma escala de 0 a 100 que leva em conta a maturidade da estratégia de proteção de dados das empresas - o 18º da lista. A pontuação é a menor entre os quatro países pesquisados nas Américas, os EUA (37,6), México (34,4) e Canadá (31,0); mas fica à frente de países como Turquia (27,0), Emirados Árabes (27,3) e Japão (26,9).

Continua após a publicidade

"Quando você compara, vê que todo mundo está praticamente na mesma posição. Estão todos protegendo a informação, mas não estão avançando no caminho de como proteger esses dados", explicou Erick Pascoalato, diretor de vendas da divisão Data Protection Advanced da EMC no Brasil. "Não que nós não façamos a proteção [no Brasil], mas a gente continua fazendo mais do mesmo, pensar no grande, investir, mas esquece que a falha em uma preparação é a preparação para a falha".

Ainda assim, a maioria (82%) dos participantes brasileiros disse considerar a proteção de dados absolutamente essencial para o sucesso da organização. No Brasil, o investimento médio em TI avaliado foi de US$ 284 milhões, US$ 25 milhões deles na proteção de dados.