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Varíola dos macacos | OMS planeja mudar nome da doença para evitar discriminação

Por| Editado por Luciana Zaramela | 15 de Junho de 2022 às 17h10

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 CDC/Unsplash
CDC/Unsplash

A Organização Mundial da Saúde (OMS), em conjunto com especialistas, está estudando um novo nome a ser adotado para se referir à varíola dos macacos, infecção viral que causa problemas na pele e já acometeu mais de 30 países, atingindo mais de 1.600 casos fora de regiões endêmicas. O Brasil é um dos países afetados, com alguns casos suspeitos e outros já confirmados.

Na semana passada, mais de 30 cientistas escreveram sobre a necessidade de um nome diferente para a condição e o vírus que a causa, de forma a evitar discriminações e estigmatizações, o que inspirou a iniciativa da OMS. Além ser perigoso aos animais — afinal, há quem massacre macacos pela associação da doença a eles —, há problemas quanto às referências da origem do vírus.

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Estigmas, referências e nomes

Os pesquisadores, em conjunto, propõem o nome hMPXV para substituir "varíola dos macacos". Além da terminologia utilizada para a doença, também foram apontados problemas quanto a algumas referências ao continente africano e seus países, consideradas incorretas e discriminatórias.

Nos países onde a varíola dos macacos é considerada endêmica, já morreram 72 pessoas — nestes locais, a condição está presente de forma permanente, com números de doentes se mantendo constantes ao longo dos anos. A doença atinge países com florestas tropicais dessa forma na África Central e Ocidental.

Na República Democrática do Congo, país densamente arborizado, mais de 1.200 casos foram relatados este ano, com 57 mortes registradas até maio, de acordo com a OMS. Nos 32 países não endêmicos afetados recentemente, no entanto, nenhuma morte foi registrada até o momento, mesmo com a alta de casos: no Reino Unido, 470 foram confirmados. No Brasil, até o momento, apenas 4.

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Vale lembrar que a transmissão ocorre mediante contato com pessoas infectadas, podendo entrar via lesões na pele, por via respiratória ou pelos olhos, principalmente por gotículas grandes de fluidos corporais. Um estudo recente encontrou o vírus no sêmen de pacientes, mas ainda não é definido que a transmissão sexual tenha grandes riscos de ocorrer. Após a infecção, os sintomas surgem de 5 a 21 dias, geralmente leves, sumindo em até 3 semanas.

Fonte: Virological, BBC