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UFMG apresenta patente de exame para COVID-19 que custa apenas R$ 5

Por| 01 de Outubro de 2020 às 20h00

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Elchinator/Pixabay
Elchinator/Pixabay

No combate ao coronavírus (SARS-CoV-2), uma das maiores dificuldades é rastrear os pacientes que têm ou já tiveram a COVID-19. Para as políticas públicas, um desafio era o valor desses testes, normalmente, importados. Disponíveis no mercado hoje, os testes rápidos custam, em média, R$ 100. Agora, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apresenta duas patentes de um novo teste rápido com um custo de apenas R$ 5 por paciente.

"Os testes identificam a presença de anticorpos, mostrando que a pessoa teve contato com o vírus. Do ponto de vista prático, eles podem ajudar o Sistema Único de Saúde (SUS) a monitorar a circulação do vírus em escolas, por exemplo", explica o professor Rodolfo Giunchetti, que está à frente do projeto, sobre as aplicações da invenção.

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O exame é do tipo sorológico, ou seja, avalia a presença de anticorpos contra o coronavírus na amostra coletada. Isso significa que deve ser usado em pacientes que já estão com sintomas da COVID-19 — ou passado pelos primeiros momentos da infecção, quando ainda não se formaram anticorpos no organismo contra o agente infeccioso — e aqueles que se recuperaram da doença.

Até então, "um dos gargalos da produção de testes é o custo. Os insumos são todos importados, o dólar está alto, o que encarece o preço. Mas com esta tecnologia, esta situação seria amenizada", explica o professor sobre a vantagem da nova opção para a saúde e controle da epidemia no Brasil.

Até o momento, dois laboratórios já demonstraram interesse na produção e distribuição dos novos testes. Entretanto, a equipe ainda aguarda a análise das patentes pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). Conforme anunciado, a tecnologia deve ser repassada de forma gratuita, preservando o projeto original da equipe para o custo a R$ 5 dos testes.

Financiamento dos testes para COVID-19 

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Curiosamente, o projeto começou a partir de uma campanha de financiamento coletivo promovida pelos próprios pesquisadores. Em um segundo momento, os cientistas também firmaram uma parceria com a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), o que garantiu R$ 750 mil de patrocínio.

Além da UFMG, o projeto também contou com parcerias da parceria da Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ), Universidade Federal de Lavras (UFLA), Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas) e Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA).

Fonte: G1