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Será que um dia existirá uma pílula para substituir exercícios físicos?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 19 de Setembro de 2022 às 15h30

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jcomp/Freepik
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O sonho de toda pessoa que não gosta de praticar exercícios seria ingerir uma única pílula por dia e, com isso, obter todos os benefícios da prática de atividade física. No momento, a ciência ainda está longe dessa fórmula mágica, mas pesquisadores estão investigando como transformar o conceito em realidade.

Este é o caso dos cientistas da Tokyo Medical and Dental University (Tmdu), no Japão. Recentemente, o grupo publicou um estudo, na revista Bone Research, sobre os testes preliminares de uma pílula que promete desencadear os mesmo efeitos dos exercícios físicos no organismo. Mais especificamente, foi possível identificar a melhora dos músculos e dos ossos.

Quando teremos um medicamento que simula os efeitos da atividade física?

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Por enquanto, a pesquisa com a pílula com o princípio ativo locamidazol está em um estágio bastante inicial, mas testes com roedores demonstraram que há potencial para a fórmula. "A administração deste medicamento melhorou a função locomotora, com fortalecimento significativo dos músculos e ossos", afirmam os autores. No futuro, o medicamento pode ser viável para o uso humano.

No entanto, é preciso esclarecer que, pelo menos hoje, o foco da pílula que simula os efeitos das atividades não tem como publico alvo as pessoas que não gostam de praticar exercícios. O objetivo do estudo é fornecer uma melhor qualidade de vida para pessoas que são impedidas, por fatores médicos, de ter uma vida ativa. São os casos de idosos, pessoas com paralisia, limitações ortopédicas ou que estão se recuperando de cirurgias.

Por que fazer atividade física é tão importante?

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Vale lembrar que a inatividade física pode resultar no enfraquecimento dos músculos — o que provoca a sarcopenia — e dos ossos — conhecido como osteoporose. Para evitar essas doenças, a prática de exercícios é a melhor recomendação, já que aumenta a força muscular e promove a formação óssea, enquanto suprime a reabsorção óssea. No entanto, esses benefícios estão limitados aos indivíduos que estão aptos fisiologicamente.

Testes com a potencial "pílula do exercício"

No estudo japonês, o medicamento locamidazol — derivado do aminoindazol — foi administrado a camundongos por via oral e subcutânea. Durante o experimento pré-clínico, a pílula demonstrou estimular o crescimento de células musculares e células formadoras de osso (osteoblastos). Por outro lado, suprimiu o crescimento de células de reabsorção óssea (osteoclastos). Em teoria, o composto simula alguns dos benefícios obtidos com a atividade física.

"A administração oral e subcutânea da droga melhorou a musculatura e o parte óssea de camundongos com [prévia] fragilidade locomotora”, explica o autor sênior do estudo, Tomoki Nakashima, em comunicado. Isso porque a pílula foi testada em roedores que já tinham sarcopenia e osteoporose. Agora, os estudos devem continuar e, um dia, este medicamento poderá ser usada em humanos, simulando os benefícios da prática de exercícios físicos.

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Fonte: Bone Research e Tmdu