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Remédio previne mortes por covid-19 ao "rejuvenescer" sistema imunológico

Por| Editado por Luciana Zaramela | 21 de Março de 2022 às 17h20

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 twenty20photos/Envato
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Um estudo publicado na revista científica Nature apontou um possível aliado no combate à covid-19: um medicamento oral chamado BGE-175, capaz de reverter a deterioração do sistema imunológico. Para isso, os cientistas expuseram camundongos idosos ao SARS-CoV-2 e dividiram em dois grupos: o primeiro, que tomou o remédio, teve apenas 10% de mortes por conta da doença. No outro grupo, todos morreram.

O tratamento com duas doses de BGE-175 começou dois dias após a infecção, porque os cientistas queriam simular uma situação da covid-19 em humanos: esse período já seria suficiente para o surgimento dos sintomas, então a ideia é que, caso o remédio seja aprovado, o paciente comece a tomar nessa fase.

O medicamento age bloqueando a interação do organismo e uma molécula chamada PGD2, responsável por retardar as respostas dos anticorpos e permitir que neutrófilos — um tipo específico de glóbulos brancos — se infiltrem de maneira agressiva.

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Em outras palavras, a PGD2 torna o sistema imunológico mais lento diante de uma infecção, além de propenso a reagir de maneira exagerada aos patógenos, e os cientistas concluem que ao inibir sua ação, o medicamento foi capaz de diminuir os níveis de neutrófilos no tecido pulmonar e restaurar o sistema imunológico para um estado mais jovem.

O grupo ainda fez alguns testes com camundongos geneticamente modificados para não sintetizar a molécula PGD2. Expostos ao SARS-CoV-2 da mesma maneira que os outros, esses roedores tiveram cargas virais mais baixas, menos inflamação e dano tecidual e foram menos suscetíveis à morte por infecção viral.

O BGE-175 está atualmente em um ensaio clínico de Fase 2 para testar se pode prevenir a progressão e a mortalidade da doença em pacientes idosos hospitalizados com covid-19, e é desenvolvido por uma empresa de biotecnologia chamada BioAge Labs, dos EUA. Uma vez que os testes tenham sido concluídos, a ideia da equipe é estudar a ação do remédio perante outras doenças, como influenza e pneumonia.

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Fonte: Nature