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Por que alguns países aplicam apenas uma dose da Pfizer em adolescentes?

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Micens/Envato Elements
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A vacinação contra covid-19 em adolescentes ainda está tomando diferentes proporções. Em alguns lugares, como Hong Kong, Grã-Bretanha e Noruega, a solução tem sido administrar apenas uma dose da vacina da Pfizer. Isso porque especialistas observaram efeitos colaterais na vacinação com duas doses, então a ideia é proteger parcialmente e evitar que o público a partir de 12 anos desenvolva algum efeito colateral.

As autoridades de saúde nesses países estão preocupadas principalmente com o aumento de dados sugerindo que a miocardite, uma inflamação do coração, pode ser mais comum entre adolescentes após a vacinação do que se pensava. O risco ainda é pequeno, mas os números mudaram o cálculo de risco-benefício em países onde as novas infecções são mais baixas do que nos Estados Unidos.

O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) revisou os dados sobre miocardite e chegou a anunciar que os benefícios superavam significativamente os riscos. A análise mais recente, publicada na revista científica The New England Journal of Medicine, descobriu que a incidência de miocardite após a vacinação em Israel era maior entre os homens de 16 a 29 anos, e que cerca de 11 em cada 100 mil homens nessa faixa etária desenvolveram a doença alguns dias depois da vacinação. Dos 54 casos identificados no estudo, um era grave.

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Um segundo estudo descobriu que meninos entre 16 e 19 anos de idade tiveram a maior incidência de miocardite após a segunda dose, nove vezes mais alta quando comparados com meninos não vacinados da mesma idade durante o mesmo período.

Autoridades de saúde em outros países planejam revisitar a estratégia de dose única à medida que mais informações de segurança se tornam disponíveis, adiando a segunda dose. Especialistas refletem, ainda, que efeitos colaterais graves foram observados principalmente em meninos, então o cálculo da dosagem pode vir a ser diferente para meninos e meninas.

Fonte: The New York Times

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