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Pais de alunos usam monitor de CO2 para prever covid na volta às aulas dos EUA

Por| Editado por Luciana Zaramela | 12 de Outubro de 2021 às 16h20

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Fusion Medical Animation/Unsplash
Fusion Medical Animation/Unsplash

Durante a volta às aulas nos EUA, um item em especial se destacou na prevenção da covid-19. Trata-se de um monitor portátil de dióxido de carbono (CO2), que possibilita verificar se um local está bem ventilado ou não. Na prática, o dispositivo avalia quanto ar fresco está circulando pela escola. Baixos níveis de dióxido de carbono indicam que está bem ventilada, reduzindo a probabilidade doa alunos contraírem a doença.

O grupo de pais que apostam em monitores de CO2 para testar a ventilação das salas de aula como prevenção a covid só vem aumentando. Basicamente, esses dispositivos são levados para as escolas de maneira clandestina para checar se as salas de aulas dos filhos estão seguras, com os pais escondendo esses monitores nas mochilas ou nos bolsos de seus filhos. A Aranet, que fabrica um monitor desse estilo, percebeu o dobro de vendas desde o início do novo ano escolar.

Frente a isso, alguns sistemas escolares incluíram os monitores nas medidas oficiais de combate à pandemia. A cidade de Nova York, por exemplo, distribuiu os equipamentos a todas as escolas públicas, e o governo do Reino Unido anunciou planos de fazer o mesmo. Mas em outros lugares, os pais estão resolvendo por conta própria, apostando nesses monitores que podem custar a partir de US$ 100 (mais de R$ 550 reais).

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Os equipamentos, que podem ser regulados para fazer leituras a intervalos de minutos, funcionam melhor expostos ao ar aberto, mas podem gerar dados informativos desde que não estejam completamente abafados. Alguns diretores de escolas reprovaram essas iniciativas, mas os pais defendem que os dispositivos lhes oferecem dados para proteger seus filhos.

É válido lembrar que o coronavírus se dissemina por meio de gotículas transportadas pelo ar, conhecidas como aerossóis. Cada vez que exalamos o ar, expelimos não apenas aerossóis, mas também dióxido de carbono, então quanto pior a ventilação, mais CO2 se acumula em um espaço ocupado.

Fonte: The New York Times via Folha de S. Paulo