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Paciente é admitido com objeto inusitado no reto em hospital de Manaus

Por| Editado por Luciana Zaramela | 13 de Abril de 2022 às 17h10

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Anna Om/Envato Elements
Anna Om/Envato Elements

Um caso médico ocorrido em Manaus, capital do estado do Amazonas, foi inusitado o suficiente para se tornar um artigo científico. Um homem de 54 anos foi admitido em um hospital na cidade reportando náusea, vômitos, dores abdominais e dificuldade para evacuar. Ao realizar exames, os médicos se depararam com um objeto inusitado no corpo do paciente: um halter de 2 kg e 20 cm de comprimento.

Após a radiografia, a equipe médica avaliou o caso e decidiu que um procedimento cirúrgico seria a melhor opção para a retirada do objeto. O paciente foi anestesiado, a cirurgia foi realizada com sucesso e, após quatro horas de recuperação pós-anestésica e três dias de internação, o homem recebeu alta, sem complicações. O artigo baseado no incidente foi publicado no periódico científico International Journal of Surgery Case Reports.

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Estudo sobre objetos estranhos no reto

Ana Elisa de Landa Moraes Teixeira Grossi é a principal autora do estudo, cientista do Complexo Hospitalar Nilton Lins, em Manaus. Junto a outros autores brasileiros, ela analisou o caso do paciente manauara e produziu um artigo científico sobre o assunto. Nele, ela discorre sobre objetos retidos no reto de pacientes, algo raro nas emergências, segundo os autores. A população mais afetada são homens entre 20 a 40 anos, em sua maioria com objetos de natureza sexual. O estudo, no entanto, alerta médicos acerca de objetos pouco usuais e potencialmente perigosos, como os de vidro.

A maioria dos pacientes, segundo o artigo, fica envergonhada demais para ir ao hospital no início do problema, e só o faz após diversas tentativas mal-sucedidas de remover o objeto em questão do reto. A média calculada para procurar ajuda médica é de 1,4 dias. Constipação, dores abdominais e anorretais, bem como sangramentos, são reclamações comuns dos pacientes. Aos médicos, o estudo recomenda exames cuidadosos do abdômen e atenção a objetos cortantes, que podem ferir tanto o paciente quanto o examinador.

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Acompanhando análises manuais, recomendam-se radiografias ou até mesmo a tomografia computadorizada em casos de objetos não-opacos ou suspeita de perfuração intestinal. De modo geral, tanto o incidente quanto o artigo baseado nele servem de alerta: muito cuidado ao praticar exercícios auto-eróticos em casa.

Fonte: International Journal of Surgery Case Reports