Novo sensor detecta se a carne está podre, para evitar intoxicação
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |
Em estudo publicado na última terça-feira (6) na revista científica ACS Applied Bio Materials, um grupo de pesquisadores descreveu a criação de um sensor capaz de detectar carne podre e, assim, evitar a intoxicação alimentar.
- Coronavírus pode sobreviver na carne congelada durante semanas
- O que acontece se uma pessoa comer apenas carne?
Trata-se de um biossensor à base de papel sintético, concentrado em apontar a presença da putrescina, molécula orgânica responsável pelo cheiro que acompanha a carne podre. No organismo, o consumo de putrescina pode levar a sintomas como diarreia e náusea.
Já existem alguns métodos que ajudam a detectar a putrescina, mas ainda existe uma necessidade de fazer a identificação através de um meio acessível e confiável, e é nisso que entram as intenções desse grupo de cientistas, que integram a Concordia University (Canadá).
O biossensor funciona assim: a equipe coleta amostras de carne e adicionada ao papel desse pequeno dispositivo. Se a carne for considerada imprópria para consumo, a invenção aponta isso.
Para chegar à fase final do dispositivo, os pesquisadores conduziram diversos testes com carne bovina mantida em diferentes temperaturas. Quando essa carne era armazenada em baixa temperatura, havia um número menor de putrescina, em comparação com a amostra armazenada em temperatura ambiente.
Além de ajudar na detecção da carne podre e evitar a contaminação, o dispositivo também pode ser usado para outros assuntos pertinentes, conforme os próprios pesquisadores mencionam. Uma das ideias, por exemplo, é usar o dispositivo para evitar a contaminação por metais pesados ou até para auxiliar no diagnóstico de câncer e outras doenças.
Fonte: ACS Applied Bio Materials via Concordia University; Mayo Clinic