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Novo chip detecta câncer em uma gota de sangue

Por| 28 de Fevereiro de 2019 às 20h35

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Novo chip detecta câncer em uma gota de sangue
Novo chip detecta câncer em uma gota de sangue

Ciência e inovação andam lado a lado também na indústria médica. E com o câncer estando no alvo das pesquisas de renomados cientistas do mundo todo, a corrida pela cura da doença não para; aliás, enquanto a cura ainda não chega, novas formas de detecção de neoplasias estão surgindo. Hoje, vamos mostrar um dispositivo simples, capaz de detectar se o paciente tem câncer em apenas uma gota de sangue.

Laboratório em um chip

Nosso sangue possui informações valiosíssimas sobre tudo o que ocorre no nosso organismo, desde o código genético a identificadores de doenças — entre elas, as neoplasias. Com base na detecção de células e proteínas indicadoras de câncer no organismo, um novo dispositivo criado a partir de nanoengenharia 3D é capaz de analisar e identificar pacotes de moléculas ativas presentes em tumores, os chamados exossomas tumorais.

Como as células cancerígenas estão em plena atividade, elas acabam enviando ao sangue estes indicadores. O que o dispositivo faz, então, é separar o exossomas normais, de células sadias, dos neoplásicos, de células cancerígenas, e detectar a doença.

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Conforme descrito na Nature Biomedical Engineering, o dispositivo mistura e capta esses elementos biológicos com base em um padrão biomolecular fascicular, como uma espinha de peixe, muito comum na natureza. Os exossomos são, então, pressionados contra a superfície de detecção do chip, em um processo muito mais eficiente que o usado atualmente em laboratórios, chamado transferência de massa.

"Desenvolvemos uma estrutura em formato de espinha de peixe, porosa, capaz de drenar o líquido que ficaria no espaço [geralmente ocupado por líquido entre o sensor e as moléculas] e trazer as partículas em contato direto com a superfície, onde as sondas são capazes de reconhecê-las e capturá-las", explica o autor do artigo, Yong Zeng, professor de Química na Universidade do Kansas.

Relativamente barato

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Foi em um teste com amostras de sangue de pacientes portadoras de câncer de ovário que os pesquisadores confirmaram a eficácia do chip poroso. E tão boa quanto a notícia do novo dispositivo científico é sua eficiência a baixo custo, relativamente. 

"O que criamos aqui foi um método de nanopadrões de impressão 3D, sem necessidade de nenhum equipamento sofisticado de nanofabricação — em meu laboratório, um estudante de graduação e até de ensino médio consegue fazer", relata Zeng, com propriedade. "É tão simples e barato que tem grande potencial de chegar nos equipamentos clínicos [de hospitais mundo afora]", completa.

Fonte: Nature Biomedical Engineering (artigo científico), via Futurity