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Nova técnica de edição genética já dá bons resultados em laboratório

Por| 01 de Setembro de 2019 às 09h20

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Nova técnica de edição genética já dá bons resultados em laboratório
Nova técnica de edição genética já dá bons resultados em laboratório

Uma nova técnica de edição genética já pode estar em etapas avançadas de desenvolvimento. Um grupo de pesquisadores criou uma nova proposta que possibilita a edição de genes de áreas críticas do DNA, mas com menos chances de erros.

As técnicas de edição atuais, como a famosa CRISPR, funcionam em células divisoras, principalmente de mucosas e pele, as quais estão sempre se renovando. A ideia é modificar uma quantidade de células que, ao se dividirem, sobrepoem em quantidade as células malígnas, eliminando patologias como o câncer.

A inovação da técnica proposta pelos pesquisadores do Salk Institute é pode fazer mudanças genéticas em células divisivas e não divisivas (ou permanentes). O sistema, aqui, é chamado de Sati, e baseado em uma movimentação muito semelhante à do CRISPR-Cas9. A diferença é que os pesquisadores conseguem alterar regiões não-codificadas das células.

Basicamente, para que uma proteína seja sintetizada, ela precisa de uma “receita” (localizada na região codificada) e um local de produção propriamente dito, chamado de região não-codificada. É nessa parte que a célula decide quais genes serão ou não acionados. Os cientistas, então, conseguiram injetar um gene modificado nesta região, colocando-o na "linha de produção".

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Isso permite modificar proteínas, sem interferir no que aquela célula estava programada para fazer anteriormente. Segundo os pesquisadores, isso causa um efeito menos danoso para a célula, diminuindo os riscos e erros em comparação com técnicas direcionadas a regiões codificadas.

Qual a aplicação disso, a princípio?

Ainda é cedo para falar em resultados, mas em testes laboratoriais, os cientistas já estão aplicando a técnica com ratos, com o objetivo de tratar progéria — doença em que há sintomas de envelhecimento precoce em crianças. Tal problema está relacionado a um gene chamado LMNA, o qual os cientistas modificaram nos roedores.

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Ao editar o gene nas células dos ratos com progéria, eles perceberam que houve redução em até 45% de sintomas como envelhecimento da pele e do baço, além da extensão da longevidade dos ratos. Caso haja uma melhoria proporcional em tempo de vida de uma pessoa com progéria, ela poderia viver até uma década a mais que a média atual.

A pesquisa está sendo liderada pelo Gene Expression Laboratory do Salk Institute, sendo que os resultados foram publicados na revista Cell Research em 23 de agosto deste ano.

Fonte: Phys