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Minicérebros criados com sangue podem revolucionar tratamento do Alzheimer

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DS stories/Pexels
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Em mais uma tentativa da ciência de compreender e revolucionar o tratamento do Alzheimer, pesquisadores da University of Saskatchewan (Canadá) apostaram em minicérebros cultivados em laboratório. O pequeno órgão artificial foi construído com base em células-tronco a partir de uma amostra de sangue, transformadas em células cerebrais funcionais.

Segundo comunicado divulgado pela própria universidade, esses minicérebros são compostos de quatro tipos diferentes de células cerebrais, enquanto a maioria dos organoides cerebrais é composta apenas de neurônios.

Nos testes, os "minicérebros" de Wenzel refletem com mais precisão um cérebro humano adulto completo, de modo que podem ser usados ​​para examinar mais de perto as condições neurológicas como o Alzheimer.

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“Se as células-tronco têm a capacidade de se tornar qualquer célula do corpo humano, a questão então surgiu: 'poderíamos criar algo que se assemelhasse a um órgão inteiro?'”, afirmam os pesquisadores, no comunicado.

“Enquanto desenvolvíamos, tive a ideia maluca de que, se esses fossem realmente cérebros humanos, se um paciente tivesse uma doença como Alzheimer e nós cultivássemos seu 'minicérebro', em teoria esse pequeno cérebro teria Alzheimer.”

Na visão dos pesquisadores, a tecnologia tem o potencial de mudar a maneira como os serviços de saúde são fornecidos para aqueles com Alzheimer, particularmente em comunidades rurais e remotas. A pesquisa já recebeu apoio da Alzheimer Society of Canada.

Diagnóstico e tratamento

A ideia é que, se os cientistas canadenses puderem criar uma maneira consistente de diagnosticar e tratar condições neurológicas como o Alzheimer usando apenas uma pequena amostra de sangue em vez de exigir que os pacientes se desloquem para hospitais ou clínicas especializadas, isso poderá ajudar a economizar recursos para o sistema de saúde.

O trabalho inicial aponta os “minicérebros” como promissores, e agora o próximo passo da equipe é expandir os testes para um grupo maior de pacientes.

Os pesquisadores também estão interessados ​​em tentar expandir o escopo da pesquisa do minicérebro: se refletirem com precisão outras doenças cerebrais ou condições neurológicas, poderiam ser potencialmente usados ​​para acelerar diagnósticos ou testar a eficácia de medicamentos em pacientes.

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Miniórgãos de laboratório

A ideia da comunidade científica é que miniórgãos criados em laboratório possam substituir animais em testes, por exemplo. Por isso, têm sido uma aposta ao longo desses últimos anos. 

Os cientistas até já uniram minicérebros à inteligência artificial para fornecer um passo inicial para a criação de biocomputadores.

Fonte: Frontiers, University of Saskatchewan