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Jovem de 20 anos é infectado por novo vírus no Peru

Por| Editado por Luciana Zaramela | 07 de Dezembro de 2023 às 10h10

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Samuel F. Johanns/Pixabay
Samuel F. Johanns/Pixabay

No Peru, um jovem de 20 anos foi infectado por um vírus desconhecido do gênero Phlebovirus, segundo relato de pesquisadores peruanos e estadunidenses. O patógeno é, muito provavelmente, uma nova variante ou primo do vírus Echarate (ECHV). Só que, aparentemente, este foi um caso isolado, já que outras infecções semelhantes não foram oficialmente confirmadas na região.

A infecção pelo novo vírus é marcada por febre alta (39 °C), o que pode confundi-la com outras doenças comuns na região, como a dengue, a malária ou a febre amarela. Igual a essas, é provável que o patógeno seja transmitido por vetores, como mosquitos.

Entenda o novo vírus

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Segundo estudo publicado na revista Emerging Infectious Diseases, os cientistas buscaram, em primeiro lugar, descartar o diagnóstico de doenças tropicais na região, como a própria dengue. Por isso, realizaram inúmeros testes de laboratório, incluindo análises genômicas e moleculares.

Deste modo, foi possível descobrir que o patógeno era um novo flebovírus, bastante próximo do vírus Echarate, mas que teria sofrido mutações e passado por um processo de recombinação genética. “É provavelmente um rearranjo natural do vírus ECHV com um flebovírus ainda não identificado”, afirmam os autores.

Nesse contexto, a equipe alerta que “uma nova variante do ECHV está circulando nas selvas da parte central do Peru”. Aqui, vale lembrar que o país também é coberto por parte da Amazônia, o que implica na possibilidade do agente infeccioso ter um amplo campo de disseminação.

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Infecção misteriosa no Peru

Voltando para o primeiro paciente a ser infectado pelo vírus, os autores explicam que o jovem trabalhava na área da construção civil e relatava os seguintes sintomas quando buscou ajuda médica na província de Chanchamayo:

  • Calafrios e febre;
  • Mal-estar;
  • Dores musculares;
  • Dor nas articulações;
  • Dor de cabeça;
  • Dor ocular;
  • Sonolência;
  • Fotofobia;
  • Falta de apetite (por pelo menos dois dias).

O estudo não descreve qual foi o desfecho do caso clínico do paciente — por exemplo, se ele teve alta e se recuperou bem. Outro ponto que chama a atenção é que o atendimento médico e toda a situação se desenrolou em junho de 2019, mas o artigo só foi publicado em setembro deste ano.

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Mais estudos

Para os cientistas, é preciso entender o quão disseminado está esse novo agente infeccioso nas florestas do Peru e na região amazônica. “Estudos ecológicos são necessários para determinar o quão difundida está a nova variante nesta região, para identificar potenciais vetores e reservatórios envolvidos na sua transmissão e para apoiar a tomada de decisões para manter os militares medicamente preparados e protegidos contra ameaças à saúde e à segurança, tanto dentro quanto fora de serviço”, completam.

Fonte: Emerging Infectious Diseases