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Impressão 3D pode ajudar em tratamentos de COVID-19, câncer e outras doenças

Por| 30 de Julho de 2020 às 11h19

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 ZMorph Multitool 3D Printer/Unsplash
ZMorph Multitool 3D Printer/Unsplash

Em tempos de pandemia de COVID-19, a medicina encontrou uma aliada inesperada: a impressão em 3D. Uma equipe de especialistas do Instituto Wake Forest de Medicina Regenerativa está usando o processo (que eles chamam de bioprinting) para a criação de pequenas réplicas de órgãos humanos para testar medicamentos capazes de combater a doença causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.

A equipe está construindo pulmões em miniatura e enviando para testes em um laboratório de biossegurança da Universidade George Mason, no estado norte-americano da Virgínia, e está começando a imprimi-las em escala para pesquisas, à medida que a situação da pandemia continua a ficar cada vez mais intensa. Nos últimos anos, o instituto já havia imprimido esses minúsculos aglomerados de células para testar a eficácia de medicamentos contra bactérias e doenças infecciosas, mas nunca cogitaram isso como uma pandemia, até então.

Os pesquisadores estão aperfeiçoando os métodos para testar medicamentos e, eventualmente, criar pele e órgãos em tamanho real para transplante. A ideia por trás da  impressão de pele, por exemplo, é ajudar as vítimas de queimaduras, gerenciar doenças como diabetes (onde a cicatrização de feridas é difícil), e realizar testes de cosméticos sem prejudicar animais.

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No entanto, a importância da bioprinting  não se limita apenas para tratamentos para a COVID-19, mas também câncer e outras doenças. A base para um órgão impresso é conhecida como andaime, feito de materiais biodegradáveis. Uma parte importante do processo é a construção de vasos sanguíneos. Os pesquisadores do instituto imprimiram a epiderme e a derme, as duas primeiras camadas da pele. 

Mas o trabalho deles atingiu um obstáculo: sem incorporar os vasos sanguíneos, a pele acaba se soltando. Em colaboração com a Universidade de Yale, eles conseguiram construir todas as três camadas de pele humana. Eles começaram a experimentar a integração de células humanas, que revestem os vasos sanguíneos, e células que circundam as da pele. Eventualmente, após muitas tentativas e erros, eles conseguiram integrar os vasos sanguíneos com a pele e descobriram que eram formadas conexões entre os vasos sanguíneos novos e existentes.

O trabalho é preliminar, mas os especialistas estão esperançosos de que o sucesso na impressão de pele possa preparar o terreno para o êxito em humanos. A pesquisa é minuciosa e envolve muitas tentativas e erros. O laboratório também está investigando se o tecido ósseo humano pode ser impresso para eventual transplante. A expectativa é que, no futuro, os exames radiográficos dos pacientes possam ser traduzidos para a forma exata necessária para a implantação.

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Fonte: NY Times