Publicidade

Fiocruz e EMS vão produzir canetas à base de liraglutida e semaglutida no Brasil

Por  • Editado por Melissa Cruz Cossetti | 

Compartilhe:
Haberdoedas/Unsplash
Haberdoedas/Unsplash

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a farmacêutica EMS anunciaram uma parceria estratégica para produzir no Brasil medicamentos à base de liraglutida e semaglutida (conhecidos como “canetas emagrecedoras”). O acordo prevê a transferência de tecnologia da síntese do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) e do produto final para a Fiocruz, que futuramente passará a fabricar os medicamentos em seu Complexo Tecnológico de Medicamentos, no Rio de Janeiro. Inicialmente, a produção será feita nas instalações da EMS em Hortolândia (SP).

O comunicado defende que "as injeções subcutâneas oferecem uma abordagem de alta eficácia e são consideradas inovadoras para o tratamento de diabetes e obesidade, marcando mais um avanço significativo da indústria nacional no desenvolvimento de soluções de alta complexidade".

A diretora de Farmanguinhos, Silvia Santos, destacou que a produção dessas canetas marca a entrada da Fiocruz na área de medicamentos injetáveis, ampliando a capacidade da instituição de atender às necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS) e da população:

Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade
A liraglutida e a semaglutida inauguram a estratégia da Fiocruz de se preparar também para a produção de medicamentos injetáveis, com a possibilidade de incorporação de uma nova forma farmacêutica. É mais uma ação para fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde.

Essa iniciativa também fortalece o Complexo Econômico-Industrial da Saúde, ao promover autonomia nacional na produção de medicamentos de alta complexidade.

Regulação e uso racional dos medicamentos

Com o aumento do consumo de agonistas GLP-1, como a semaglutida, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) adotou medidas de controle mais rigorosas. Desde junho, farmácias e drogarias devem reter as receitas desses medicamentos. A decisão foi motivada pelo uso indiscriminado e relatos de eventos adversos fora das indicações médicas aprovadas.

Entidades médicas alertam que o acesso facilitado pode colocar em risco pessoas que realmente precisam do tratamento e reforçam a importância da prescrição médica responsável.

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) também abriu consulta pública para avaliar a possível inclusão da semaglutida no sistema público de saúde. A decisão final levará em conta os custos e os benefícios para a saúde coletiva.

Leia também:

Continua após a publicidade

VÍDEO | 3 apps sobre alimentação saudável

Fonte: Agência Brasil, Fiocruz