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Exame compara “doença dos vapes” a exposição ao gás mostarda

Por| 03 de Outubro de 2019 às 23h50

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A “crise dos vapes” continua mundo afora, com muitas autoridades condenando o uso de substâncias e determinados tipos de cigarros eletrônicos. E um exame publicado no The New England Journal of Medicine na quarta-feira (4) vem para aumentar ainda mais o alerta: uma investigação minuciosa no tecido pulmonar de 17 pessoas em casos graves relacionados ao vaping apresentou um tipo de dano observado normalmente em vítimas de gases tóxicos e armas químicas, como o gás mostarda.

A preocupação é mundial porque não está claro para ninguém o que é exatamente o causador da série de lesões pulmonares em vários países. No dia 1º de outubro houve 1.080 registros de ocorrências nos Estados Unidos, incluindo 18 mortes em 15 estados, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês). 

Os pesquisadores atualmente vêm procurando por contaminantes químicos e produtos falsificados, principalmente os que contêm THC, o principal ingrediente psicoativo da maconha. Quase 80% dos 578 pacientes avaliados pelo CDC relataram ter usado produtos com THC nos meses antes de adoecer. Algumas das marcas citadas incluem Dank Vapes, Moon Rocks, Off White e TKO, de acordo com o The New York Times. 

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Surto continua em ritmo acelerado

Em todos os casos atendidos até agora, os patologistas encontraram lesão aguda no tecido, inflamação e congestão nas pequenas vias aéreas e células “espumosas”. O surto "continua em ritmo acelerado", disse Anne Schuchat, principal diretora adjunta do CDC.

"Para ser sincero, os casos se parecem com o que você esperaria ver em um trabalhador em um acidente industrial, onde um grande barril de produtos químicos tóxicos derrama e essa pessoa é exposta a vapores tóxicos, com uma queimadura química nas vias aéreas", explicou o Dr. Brandon Larsen, patologista cirúrgico da Clínica Mayo em Scottsdale e autor do relatório do CDC.

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Os médicos não têm certeza da recuperação a longo prazo ou das consequências para os sobreviventes. "Com base na gravidade da lesão que vemos, pelo menos em alguns desses casos, eu não ficaria surpreso se acabarmos com pessoas desenvolvendo problemas respiratórios crônicos", comentou Larsen.

Fonte: Ars Technica, The New England Journal of Medicine