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Estudo revela idade em que o cérebro começa a enfraquecer

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Aris Sfakianakis/Unsplash
Aris Sfakianakis/Unsplash

Quando o cérebro começa a enfraquecer? Na última quarta-feira (5), um estudo publicado na prestigiada revista PNAS revelou uma "janela crítica" na meia-idade em que o cérebro passa por um estresse metabólico significativo, abrindo caminho para novas estratégias de prevenção do declínio cognitivo.

A pesquisa da Universidade Stony Brook analisou mais de 19.300 indivíduos e descobriu que o envelhecimento cerebral segue uma trajetória não linear. Os primeiros sinais de degeneração aparecem por volta dos 44 anos, com uma aceleração significativa aos 67 anos, estabilizando-se na faixa dos 90.

Segundo a neurocientista Lilianne Mujica-Parodi, responsável pelo estudo, “entender exatamente quando e como o envelhecimento cerebral acelera nos dá momentos estratégicos para intervenção”.

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Um dos achados mais inovadores do estudo foi a identificação da resistência neuronal à insulina como principal fator desse declínio.

Com o envelhecimento, a capacidade dos neurônios de absorver glicose diminui, afetando a sinalização cerebral e contribuindo para doenças neurodegenerativas como Alzheimer.

Uma nova abordagem para preservar a função cerebral

Para combater esse declínio, os pesquisadores testaram o uso de moléculas produzidas pelo fígado como fonte alternativa de energia para os neurônios.

O experimento com 101 participantes mostrou que a administração de suplementos dessa molécula estabilizou a degradação cerebral, com os efeitos mais benéficos observados entre os 40 e 59 anos.

“Isso representa uma mudança de paradigma em como pensamos sobre a prevenção do envelhecimento cerebral”, afirmou a equipe.

O estudo da PNAS sugere que intervenções metabólicas, como dietas cetogênicas ou suplementos de cetona, podem ser eficazes na preservação da função cerebral se iniciadas precocemente.

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Na meia-idade, os neurônios sofrem estresse metabólico devido à falta de combustível; eles estão lutando, mas ainda são viáveis. Fornecer um combustível alternativo durante essa janela crítica pode ajudar a restaurar a função cerebral.

Com o envelhecimento da população global e o aumento previsto dos casos de demência até 2050, essas descobertas oferecem esperança para estratégias preventivas que possam retardar o declínio cognitivo.

A identificação precoce da resistência à insulina no cérebro, combinada com intervenções específicas, pode representar um grande avanço na neurociência e na saúde pública. Por isso é tão importante ter essa pista de quando o cérebro começa a enfraquecer

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Fonte: Stony Brook University