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Especialistas alertam para venda de versões manipuladas de canetas emagrecedoras

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Sweet Life/Unsplash
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A crescente popularidade das chamadas canetas emagrecedoras tem gerado preocupação entre especialistas em saúde. Médicos e entidades médicas alertam para os riscos do uso de versões manipuladas ou alternativas de medicamentos como Ozempic, Wegovy e Mounjaro, compostos com as substâncias semaglutida e tirzepatida, originalmente desenvolvidos para tratar diabetes tipo 2 e, posteriormente, também indicados para controle de peso.

De acordo com uma nota conjunta divulgada pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), o uso de versões manipuladas desses medicamentos representa uma “prática crescente, preocupante e perigosa”.

Medicamentos biológicos, como a semaglutida e a tirzepatida, exigem processos rigorosos de fabricação para assegurar que o organismo utilize e metabolize a substância de forma eficaz e segura. Essas moléculas são administradas por injeções subcutâneas, o que demanda padrões rigorosos de esterilidade e estabilidade térmica.
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Essas versões não são submetidas aos mesmos padrões rigorosos de fabricação exigidos pelas agências reguladoras como Anvisa e FDA, o que compromete a segurança, a pureza e a eficácia dos produtos. Além disso, não passam por testes de bioequivalência, tornando seus efeitos imprevisíveis no organismo.

Problemas como contaminações, dosagens incorretas e até substituições por outras substâncias já foram documentados, aumentando os riscos à saúde dos usuários. O uso dessas versões também fere o Código de Ética Médica, principalmente quando há comercialização direta por profissionais de saúde.

Regulamentação da Anvisa sobre canetas emagrecedoras

No último mês de abril, a Anvisa estabeleceu regras mais rígidas para a venda dos agonistas GLP-1. A prescrição exige duas vias e a receita deve ser retida nas farmácias, com validade de até 90 dias. A medida visa controlar o uso indiscriminado e combater a automedicação com esses medicamentos, que se tornaram alvo de falsificações e uso inadequado.

Apesar do controle, ainda é comum encontrar essas canetas sendo oferecidas sem receita ou por meios informais, como sites, redes sociais e aplicativos de mensagem, o que amplia o risco de acesso a produtos falsificados.

A recomendação dos especialistas sobre as canetas emagrecedoras é que apenas medicamentos aprovados por agências reguladoras devem ser utilizados. Tanto médicos quanto pacientes devem evitar o uso e a prescrição de versões manipuladas. Outro alerta é que compras sejam feitas somente em farmácias regularizadas, com nota fiscal e embalagem lacrada, garantindo assim a segurança e eficácia do tratamento.

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Fonte: Agência Brasil (1, 2)

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