COVID-19 | Professores serão segundo grupo para vacinação em São Paulo
Por Fidel Forato | 06 de Outubro de 2020 às 20h40
Para conter o novo coronavírus (SARS-CoV-2), autoridades públicas apostam na vacinação em massa de suas populações, quando houver uma vacina segura e eficaz. No entanto, esse processo deve ser fragmentado e em etapas já que, provavelmente, não haverá doses do imunizante para todos no início. Nesse cenário, o estado de São Paulo — envolvido no desenvolvimento da vacina CoronaVac — planeja vacinar primeiro os profissionais de saúde e, em segundo lugar, a prioridade será dos professores.
- Estas são as vacinas da COVID-19 na reta final de testes; saiba tudo sobre elas!
- Vacinação contra COVID-19 em São Paulo começa em dezembro, segundo Doria
- Anvisa aposta em método mais fácil para analisar vacinas contra a COVID-19
"O que nós temos como rito já definido é a vacinação primeiro dos profissionais da área da saúde, uma vez que eles estão muito dentro dos ambientes nos quais a circulação do vírus é extremamente elevada", afirmou o secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, na segunda-feira (5).
“A partir de então, entendemos que educadores devem ser o segundo grupo a ser vacinado”, completou o secretário. Depois, a prioridade de vacinação deverá ser as pessoas com doenças crônicas. Independente dessa ordem, Gorinchteyn ressaltou que “precisamos ter o maior número possível de doses para vacinar, com rapidez, o maior número de pessoas”.
As definições sobre quem deve receber as primeiras doses da vacina contra a COVID-19 são importantes, porque o governo paulista, a partir do Instituto Butantan, tem uma parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac para a vacina CoronaVac. Esse acordo prevê o recebimento de 46 milhões de doses do imunizante até dezembro deste ano e, posteriormente, a transferência de tecnologia para iniciar a produção nacional.
Vacina contra a COVID-19
Ainda não há uma vacina aprovada contra a COVID-19, mas há vacinas na terceira e última fase antes da aprovação. Este é o caso da CoronaVac, desenvolvida a partir de fragmentos do coronavírus inativados (quando o vírus está "morto") e que depende de duas doses do imunizante. No Brasil, os estudos de fase três contam com a participação de 13 mil voluntários, incluindo quem já teve infecção prévia pelo coronavírus e idosos.
Caso esses testes comprovem a eficácia e segurança, a vacina ainda precisará receber a autorização de uso da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Nesse sentido, o Instituto Butantan já iniciou a aprovação continuada do imunizante, quando os documentos preliminares são analisados, enquanto a pesquisa avança para sua possível conclusão. Dessa maneira, o fluxo de informações entre as instituições é contínuo e permite que o registro possa ser emitido de forma mais rápida, dentro dos protocolos e normas científicas vigentes.
Fonte: Agência Brasil e Instituto Butantan