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COVID-19 | Autistas podem fazer parte do grupo de risco, segundo pesquisa

Por| 10 de Junho de 2020 às 15h15

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COVID-19 | Autistas podem fazer parte do grupo de risco, segundo pesquisa
COVID-19 | Autistas podem fazer parte do grupo de risco, segundo pesquisa

A pandemia já se encontra infectando milhões de pessoas e alguns estudos relacionam condições que podem aumentar o risco de desenvolver um curso fatal para a doença, como diabetes, doenças cardiovasculares e obesidade. No entanto, nesta terça-feira (9), o Grupo de Estudos em Neuroinflamação e Neurotoxicologia (Genit) da Universidade Estadual do Ceará (Uece) levantou uma hipótese pouco apontada. Acontece que o grupo publicou “Os distúrbios do espectro do autismo podem ser um fator de risco para o Covid-19?", trabalho que analisa a posibilidade de pessoas com autismo serem classificadas como grupo de risco para a COVID-19.

Segundo a equipe, o autismo envolve várias modificações no nível genético e imunológico, capazes de ser fatores de risco, e de acordo com o pesquisador e coordenador do Grupo de Estudos em Neuroinflamação e Neurotoxicologia, professor Gislei Frota, esse estudo é inédito. “Pela primeira vez foi postulado que o TEA [Transtorno do Espectro Autista] poderia ser fator de risco para COVID-19. Pessoas com TEA são mais suscetíveis a infecções e outras co-morbidades, isto deve-se ao fato delas apresentarem um perfil metabólico diferente com importante desregulação imune”.

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A estimativa é de que existam, aproximadamente, 70 milhões de autistas no mundo. “A importância deste estudo é lançar para a comunidade médica e cientifica uma atenção especial para pessoas com autismo, pois trata-se de uma população que vem crescendo ano a ano. Seria importante discutirmos à luz do conhecimento científico e desenvolvermos pesquisas de coleta de dados com estas pessoas”, reflete professor Gislei.

O estudo conclui que existem várias características do autismo que podem ser consideradas pontos para agravamento da COVID-19, como a vulnerabilidade do sistema imune, um estado constante de inflamação endógena e neuroinflamação. 

Fonte: Governo do Estado do Ceará