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Conheça o primeiro negro a receber um transplante facial total nos EUA

Por| 29 de Outubro de 2019 às 16h42

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Foto: Reprodução/J. Kiely Jr
Foto: Reprodução/J. Kiely Jr

Aconteceu, em Boston, o primeiro transplante facial total em um paciente de pele negra, a 15ª pessoa a passar por esse procedimento nos Estados Unidos. Em Paris, em 2007, um paciente negro já havia feito o transplante, mas apenas parcial.

Robert Chelsea, de 68 anos, também é a pessoa mais velha a passar pelo transplante. Nativo da cidade de Los Angeles, ele sofreu queimaduras graves em mais de 60% do seu corpo, incluindo o rosto, quando sofreu um acidente de carro causado por um motorista embriagado em 2013. O paciente chegou a ficar em coma por seis meses, permanecendo no hospital por cerca de um ano e meio.

Clique aqui se quiser ver como era o rosto de Robert Chelsea antes.

Foram mais de 30 cirurgias realizadas em Chelsea, mas não foi possível fazer a reconstrução de seus lábios, parte do nariz e orelha esquerda, e por isso precisou ser colocado na lista de espera para o transplante facial em março do ano passado. 

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Dificuldades em encontrar doadores de pele negra

Ao contrário das outras pessoas na lista de espera, o paciente precisou esperar um pouco mais para ser chamado para uma cirurgia devido à dificuldade de encontrar um doador com um tom de pele que fosse parecido com o original.

De acordo com dados do Departamento de Saúde do Escritório de Serviços da Saúde Minoritária, em 2015, cerca de 30% dos candidatos a transplante eram negros, em comparação com apenas 13,5% doadores de pele negra.

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Alexandra Glazier, CEO e presidente da New England Donor Services, disse em declaração que é vitalmente importante que indivíduos de todas as raças e etnias considerem a doação de órgãos, inclusive da pele para enxertos. "Diferente dos órgãos internos, o tom de pele do doador é o requisito mais importante para encontrar a compatibilidade", afirmou.

A cirurgia de Chelsea levou 16 horas e aconteceu em julho deste ano com uma equipe com mais de 45 médicos, enfermeiros, anestesistas, residentes e pesquisadores, todos liderados pelo cirurgião plástico Bohdan Pomahac.

Felizmente, o paciente está se recuperando rápido. Em apenas 10 dias após a cirurgia, Chelsea já era capaz de comer, conversar e respirar sem ajuda.

 

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Fonte: USA Today