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Médicos indianos alertam: cocô de vaca não protege da COVID-19

Por| Editado por Luciana Zaramela | 11 de Maio de 2021 às 17h40

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Alaina Mclearnon/Unsplash
Alaina Mclearnon/Unsplash

No estado de Gujarat, no oeste da Índia, algumas pessoas estavam cobrindo seus corpos com esterco de vaca na esperança de aumentar sua imunidade contra o coronavírus. Por isso, médicos do país precisaram se posicionar, alertando que essa prática não é baseada em evidências científicas e que traz o risco de espalhar outras doenças.

Acontece que no hinduísmo, religião muito presente na Índia, a vaca é um símbolo sagrado da vida e da terra. Durante séculos os hindus usaram fezes de vaca para limpar suas casas e para rituais de oração, acreditando que o material tinha propriedades terapêuticas e antissépticas.

Na prática religiosa, os participantes esperam que a mistura de esterco e urina em seus corpos sequem, abraçam ou homenageiam as vacas e ainda praticam ioga para aumentar os níveis de energia. Depois, se lavam com leite. Os médicos e cientistas da Índia apontaram que essa prática pode gerar uma falsa sensação de segurança e complicar os problemas de saúde. Especialistas também alertam que essa prática religiosa pode contribuir para a disseminação do vírus, uma vez que envolve pessoas se reunindo em grupos.

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“Não há nenhuma evidência científica concreta de que o esterco ou a urina de vaca funcionem para aumentar a imunidade contra a COVID-19. Isso é inteiramente baseado na crença. Também existem riscos para a saúde envolvidos em espalhar ou consumir esses produtos, outras doenças podem se espalhar do animal para os humanos", afirmou à Reuters o Dr. J.A. Jayalal, presidente nacional da Associação Médica Indiana.

Fonte: Reuters