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Cientistas descobrem possível cura para fibrose pulmonar

Por| 30 de Janeiro de 2018 às 11h13

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Uma equipe de cientistas de universidades e centros de pesquisas na Espanha descobriu um tratamento, com a ajuda de testes feitos em animais, que pode levar à cura da fibrose pulmonar idiopática. A doença, hoje, não conta com nenhuma forma de cura.

A fibrose pulmonar faz com que os tecidos dos pulmões sejam cicatrizados, tornando-se mais grossos e rígidos. Com isso, o transporte de oxigênio para a corrente sanguínea acaba sendo prejudicado, causando fraqueza em outros órgãos vitais.

Sob comando da pesquisadora María Blasco, o estudo, que foi publicado recentemente no portal eLife, teve início há quase três anos. Os testes foram concluídos em ratos que simulavam os sintomas da fibrose pulmonar e, com a ativação da enzima telomerase, que é reduzida significativamente quando envelhecemos, o animal começou a apresentar mais saúde.

"Os únicos tratamentos aprovados e atualizados para a fibrose pulmonar não possuem efeito curativo, pois focam nos sintomas e não nas causas. Nossa terapia é baseada em corrigir a causa molecular da fibrose pulmonar nos pacientes com telômeros (extremidades dos cromossomos) curtos, apresentando às células danificadas do órgão uma única enzima que é capaz de estender os telômeros, a telomerase", explica Paula Martínez, líder da pesquisa.
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Cerca de três semanas após o tratamento, os ratos apresentaram uma melhor função pulmonar, com menos fibrose e menos inflamações; dois meses depois a fibrose havia melhorado ou desaparecido. María Blasco acredita que os testes comprovam que a ativação da telomerase pode ser um tratamento efetivo contra a fibrose pulmonar em humanos.

Entre as causas da doença estão questões genéticas, a exposição à toxinas e determinados medicamentos, infecções virais ou bacterianas, e o desenvolvimento de doenças imunológicas como o lupus, artrite reumatoide e sarcoidose. Entre os sintomas estão a dificuldade de respirar, perda de peso sem motivo aparente, cansaço, ente outros.

A pesquisa completa está disponível no portal eLife.

Fonte: Hipertextual