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Alterações em células cerebrais podem levar à doença de Huntington, diz estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 22 de Dezembro de 2022 às 18h15

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 Robina Weermeijer /Unsplash
Robina Weermeijer /Unsplash

Segundo um novo estudo publicado na revista Nature Communications, a doença de Huntington, que afeta o funcionamento de aspectos do corpo, como a capacidade do controle da coordenação motora, o controle do humor e do comportamento dos pacientes, acontece devido a déficits de desenvolvimento nas células chamadas oligodendrócitos, causadas por alterações no metabolismo.

Os cientistas descobriram que esses oligodendrócitos geram um revestimento isolante ao redor dos neurônios, chamado mielina. Essas alterações nos genes que regulam o metabolismo celular prejudicam o desenvolvimento. "A mutação que causa a doença de Huntington leva a déficits de maturação nas células produtoras de mielina", aponta o estudo.

Outra descoberta foi que o tratamento com altas doses de vitaminas chamadas tiamina e biotina pode restaurar a função normal dessas células, o que futuramente pode ajudar no combate à doença, já que os pesquisadores podem desenvolver terapias que usem isso.

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“Nossos próximos passos serão rastrear os efeitos do tratamento com tiamina e biotina em camundongos com a doença de Huntington, para que possamos esclarecer ainda mais esses processos moleculares e celulares, avaliar a eficácia dessa abordagem terapêutica e identificar outros alvos que possam beneficiar os pacientes", concluem os autores.

O que é a doença de Huntington?

A doença de Huntington é uma condição em que alguns neurônios degeneram e deixam de funcionar, levando à morte das células nervosas, e costuma ser considerada como algo hereditário. O diagnóstico costuma ser feito por meio de um teste genético que analisa uma amostra de sangue do paciente.

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Dentre os principais sintomas de doença de Huntington, destacam-se as alterações no controle dos movimentos e na coordenação motora, movimentos involuntários e rápidos que se assemelham a tiques e podem ser repetitivos, contrações involuntárias dos músculos, dificuldades cognitivas que aumentam ao longo do tempo e mudanças de humor ou comportamento.

Fonte: Nature Communications via Science Daily; NHS