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Adesivo inteligente rastreia suor e identifica doença genética em 30 minutos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 09 de Abril de 2021 às 17h20

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Tyler Ray/University of Hawaiʻi at Mānoa
Tyler Ray/University of Hawaiʻi at Mānoa

No campo da medicina, os wearables têm avançado cada vez mais. Inclusive, alguns dispositivos já são adotados para o acompanhamento de algumas condições clínicas, através de marcadores biológicos, como o suor. Agora, uma equipe de pesquisadores norte-americanos desenvolveram um adesivo, do tamanho de uma moeda, que pode indicar em minutos casos de fibrose cística. A tecnologia deve ajudar, principalmente, recém-nascidos no rápido diagnóstico da doença.

Nos Estados Unidos, a doença genética crônica afeta mais de 30 mil pessoas. No mundo, é estimado que mais de 70 mil pacientes convivam com a fibrose cística (FC), também chamada pelo nome de Doença do Beijo Salgado ou Mucoviscidose. De forma geral, a condição afeta as células que produzem muco, sucos digestivos e suor no organismo, o que torna os fluidos mais espessos e favorece a aderência em locais que não deveriam, como tubos. As sucessivas infecções causadas por esse acúmulo de substâncias causam fibroses e podem comprometer o funcionamento de diferentes órgãos, como os pulmões. Um dos sinais da doença é o suor salgado.

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Para o diagnóstico precoce, a triagem neonatal é muito importante em bebês, mas nem sempre os exames são acessíveis e a coleta da amostra pode ser difícil devido às quantidades necessárias. “Essa falha em coletar suor suficiente apenas atrasa o diagnóstico”, explica Tyler Ray, engenheiro mecânico da Universidade do Hawai em Mānoa (HUM) e um dos responsáveis pelo desenvolvimento do biossensor em parceria com a Universidade Northwestern.

Desenvolvimento do biossensor para fibrose cística

Embora a medição dos níveis de cloreto no suor para diagnosticar a fibrose cística ainda seja a alternativa padrão, o adesivo pode ser uma boa alternativa no futuro, principalmente pela facilidade de medição. Por exemplo, o biossensor é flexível e permite que o usuário se movimente enquanto o utiliza. Além disso, o resultado da análise acontece em tempo real, conforme o dispositivo absorve o suor e muda de cor em cerca de 30 minutos.

Publicado na revista científica Science Translational Medicine, os testes clínicos para avaliar o wearable contaram com a participação de 51 voluntários, com idades de dois meses até 51 anos. Em média, o biossensor coletou 33% a mais de suor do que os equipamentos disponíveis no mercado e a equipe não relatou nenhum caso de coleta insuficiente, algo comum nos exames atuais. Inclusive, o adesivo chegou a acumular quase o dobro da medida necessária de um paciente em apenas 18 minutos de uso, sendo que a coleta média é de 30 minutos.

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Como o dispositivo tem potencial de auxiliar no rápido diagnóstico da doença genética em crianças, a equipe de Ray chegou a adaptar o adesivo para o público infantil. Antes disso, será preciso aprovar o dispositivo médico com as agências reguladoras responsáveis. Por enquanto, a equipe busca a licença de uso com a agência federal dos EUA Food and Drug Administration (FDA).

Para conferir o artigo sobre o biossensor, publicado na revista científica Science Translational Medicine, clique aqui. A seguir, confira um vídeo, em inglês, sobre a tecnologia produzido pela HUM:

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Fonte: Wired e Northwestern Now