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Acúmulo de sódio no cérebro pode causar hipertensão

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Artem_ka/Envato
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Na edição de março da revista científica Molecular and Cellular Neuroscience, pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP apontaram que o acúmulo de sódio no cérebro pode ser uma das causas da hipertensão. Segundo o grupo, um possível mecanismo que desencadeia a doença envolve a ativação não somente de neurônios, mas também de células presentes no sistema nervoso central.

Para chegar a essa informação, os cientistas analisaram roedores que consumiram sal em excesso e receberam uma solução de água com 2% de cloreto de sódio por uma semana, até desenvolver hipertensão. O grupo notou um acúmulo de sódio no líquor, líquido que protege o sistema nervoso central.

“Os animais expostos ao alto consumo de sal apresentaram hipertensão e acúmulo de sódio no líquor, mas não no sangue. Dessa forma, podemos presumir que a gênese da hipertensão envolve um componente neural, a qual pode estar relacionada a esse excesso de sódio retido no líquor”, concluem os pesquisadores.

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O grupo menciona que, até entãoi, pensava-se que o sódio se distribuía de forma equilibrada nos diferentes compartimentos do corpo, mas aparentemente não é assim que acontece durante o consumo excessivo de sal. O próximo passo, então, é investigar mais a fundo os mecanismos fisiológicos por trás do acúmulo de sódio no líquor e sua relação com a hipertensão.

Segundo o Ministério da Saúde, a hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. Ela acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9).

A hipertensão faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer com que o sangue seja distribuído corretamente no corpo, e é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de acidente vascular cerebral, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca.

Fonte:  Molecular and Cellular Neuroscience via Jornal da USP; Ministério da Saúde

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