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Tecnologia criada nos EUA promete diálogos mais naturais entre humanos e robôs

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 23 de Abril de 2021 às 07h30

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Possessed Photography/Unsplash
Possessed Photography/Unsplash

O diálogo ainda é uma das formas mais eficazes de comunicação entre humanos. Se é conversando que a gente se entende, por que não estender esse conceito para os androides. Em busca de uma interação mais natural entre soldados humanos e robôs, pesquisadores do exército dos EUA, em parceria com a Universidade Southern Califórnia, criaram um dispositivo de Inteligência Artificial para que pessoas e máquinas se entendam melhor, “conversando” em tempo real.

Essa tecnologia é o principal componente de processamento da interface de entendimento e diálogo comum, conhecida como JUDI, que permite interações bidirecionais entre soldados e sistemas autônomos de última geração.

“Empregamos uma técnica de classificação estatística para habilitar a IA de conversação usando tecnologias de ponta de compreensão de linguagem natural e gerenciamento de diálogo. Esse classificador permite que sistemas autônomos interpretem a intenção de um soldado, reconhecendo o propósito da comunicação”, disse o pesquisador do exército, doutor Felix Gervits.

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Como eles se entendem

Os pesquisadores alimentaram esses classificadores de conversas com diálogos gerados durante uma missão colaborativa de resgate realizada entre soldados e robôs. A Inteligência Artificial mapeou os comandos verbais para respostas e ações, aplicando esse conhecimento para responder da forma mais adequada e natural.

A partir desses dados, os cientistas desenvolveram algoritmos para aperfeiçoar os classificadores de conversas em um sistema de gerenciamento de diálogos. Os comandos também incluem técnicas que determinam quando uma informação não está completa e é preciso pedir ajuda. “É como se dois colegas trocassem ideias antes de realizar uma ação”, explica o doutor Gervits.

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De acordo com os engenheiros envolvidos no projeto, esse é um passo importante na busca pelo entrosamento natural com sistemas autônomos. A ideia é que a interação deixe de ser robotizada e passe a ter todas as nuances de uma conversa comum, com perguntas e respostas, pausas, influências culturais e sotaques variados.

Treinamento militar

O classificador de conversas precisa ser treinado com antecedência para que o sistema possa operar em tempo real, sem causar demora no processamento do diálogo.

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“Isso oferece maior naturalidade e flexibilidade na conversa entre soldados e robôs e pode melhorar a eficácia quando tivermos equipes mistas no campo de batalha”, disse o doutor Gervits.

Em comparação com sistemas disponíveis no mercado comercial, que estimulam o diálogo entre humanos e robôs, o projeto militar é mais simples, barato e fácil de ser implantado, segundo os pesquisadores.

“Nosso sistema foi desenvolvido para operar em ambientes militares, geralmente missões de busca e resgate. Isso não exige muito treinamento já que o princípio e o tipo de interação são praticamente os mesmos em qualquer situação”, completa o doutor Gervits.

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Como no futuro a expectativa é ter zonas de combate com mais robôs desempenhando papéis importantes, é necessário aprimorar o sistema de aprendizagem de máquina. A ideia é que ao encontrar algo inesperado no campo de batalha, o androide pergunte ao soldado o que é aquilo e possa reagir de acordo com a resposta.

Você acredita que no futuro, longe do ambiente militar, os robôs vão conseguir trocar uma ideia com humanos como se fossem nossos colegas de trabalho? Comente.

Fonte: University of Southern California,U.S. Army