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Táxi voador da Google X pode custar menos do que um Uber

Por| 28 de Agosto de 2018 às 16h51

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Táxi voador da Google X pode custar menos do que um Uber
Táxi voador da Google X pode custar menos do que um Uber
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O Google X, para quem não conhece, é a fábrica de sonhos particular da Google, cujos prejuízos históricos são compensados pelo embalo constante do fabulário cotidiano. Entre os projetos mais comentados desse laboratório “secreto” estão os veículos voadores de projetos como o Flyer ou o Cora; este, em particular, pode em breve tomar conta dos céus, voando a distâncias moderadas com maior segurança, em menos tempo e com respeito a diretrizes ecológicas - além de provavelmente sair mais barato do que um Uber.

“O solo está se tornando mais e mais congestionado – estamos todos preços no tráfego a todo o momento”, apontou o fundador da Google X, Sebastian Thrun, em entrevista ao jornal britânico The Guardian. “Levar os transportes para o ar tornará as coisas mais rápidas, seguras e economicamente e ambientalmente amigáveis – apenas imagine viajar 80 milhas por hora [129 quilômetros por hora] em linha reta, a qualquer momento do dia e sem precisar fazer paradas.”

A quem interessar possa, Thrun garante que a ideia não é transformar a proposta em um mimo para super-ricos. “Parte do nosso sonho na Kitty Hawk [empresa de veículos voadores lançada em 2015] era construir um sistema de táxis que pudesse democratizar essa tecnologia logo de saída, para que todos pudessem usufruir dela”, afirmou o executivo, que realmente aposta em um preço não superior ao de uma corrida de Uber ou Lyft.

Tecnologia praticamente pronta

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Longe de ser apenas mais uma quimera embebida em ficção científica, os carros voadores do Google já estão praticamente prontos para ganhar os céus das principais metrópoles. De fato, tanto o Cora quanto o Flyer possuem protótipos atualmente em teste, mostrando desempenho animador. “Ambos mostraram que é possível alçar as pessoas ao ar por aproximadamente 20 minutos, podendo percorrer 50 milhas ou mais”, disse Thrun ao referido site.

Para ele, essa autonomia deve ser suficiente para garantir a maior parte dos traslados diários – para a escola, para o trabalho, ao supermercado etc. “Trata-se apenas de concluí-los e levá-los ao mercado”, afirma o pesquisador – para o qual os próximos três ou cinco anos devem trazer “muitas mudanças”.

“IA não bebe e não manda mensagens de texto”

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Nos testes atualmente em curso, tanto o Cora quanto o Flyer voam a alturas de apenas alguns metros, e apenas sobre a água – de forma a oferecer uma garantia extra em caso de queda. No entanto, conforme a tecnologia amadurece na Google X, não deve tardar o dia em que voar com o Flyer ou com o Cora possa ser mais seguro do que deslocar-se com um avião de pequeno porte.

É nisso que aposta o Sr. Thrun, pelo menos. O cientista explica que a segurança extra deve ser garantida pelo sistema de propulsão próprio dos veículos autônomos – em que vários motores independentes tornam menos dramática a falha eventual de apenas um. Além disso, um chofer robótico traz a vantagem óbvia de não compartilhar do tipo de distrações que usualmente provoca acidentes de trânsito.

“Os carros da Waymo nunca mandam mensagens de texto, nunca dormem, nunca estão bêbados, nunca deixam de prestar atenção e podem olhar para todas as direções ao mesmo tempo.” Como resultado, mesmo diante de acidentes eventuais – como o ocorrido com a Uber no início deste ano -, Thrun defende que o número de mortes no trânsito pode cair drasticamente com a implantação dos veículos autônomos, tanto voadores como terrestres; no caso, para um décimo do atual, “possivelmente caindo a zero”.

Aceitação social permanece um desafio

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Entre os testes realizados em ambiente controlado pela Google e a implantação definitiva dos veículos autônomos voadores há, é claro, um verdadeiro abismo tecnológico, logístico e social. Até porque, diversas questões implicadas que devem se tornar evidentes apenas quando os pequenos “aviões” começarem a cruzar os céus.

“A aceitação social permanece como a nossa principal incerteza”, diz Thrun ao Guardian. “Nós somos muito criteriosos em relação ao fator ‘ruído’ – e as pessoas se preocupam com o congestionamento aéreo.” Ao menos neste ponto, há uma vantagem geométrica óbvia: veículos voadores podem se locomover em diferentes altitudes, tornando mais improváveis problemas associados ao tráfego intenso.

“Mas seria importante desenvolver um sistema de gerenciamento aéreo que pudesse acomodar talvez dezenas de veículos [voadores] simultâneos”, aponta o cientista. Talvez semelhante ferramenta demore o mesmo tempo necessário para que as pessoas se acostumem com a ideia de ter autômatos controlando grande partes das coisas em sociedade. “Novas tecnologias sempre foram assustadoras”, conforme reconhece o próprio “cientista maluco” da Google.

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Fonte: The Guardian