Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Robôs terão músculo artificial que fica mais forte sem precisar de treino

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 07 de Maio de 2021 às 20h30

Link copiado!

Alexander Jawfox / Unsplash
Alexander Jawfox / Unsplash

Pesquisadores do Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia do Japão conseguiram criar músculos artificiais feitos com proteínas motoras. Assim como os músculos naturais, eles são capazes de realizar movimentos complexos, que envolvem força, relaxamento e contração.

Em estudos que combinam robótica e nanotecnologia, um dos principais objetivos dos cientistas é encontrar soluções para alavancar a ação de minúsculos motores, inspirados em sistemas biológicos, para realizar tarefas maiores de maneira controlada.

“Até agora, embora os pesquisadores tenham encontrado maneiras de aumentar a ação coletiva das redes motoras para mostrar a contração macroscópica, ainda é difícil integrar essas redes de forma eficiente em máquinas reais e gerar forças grandes o suficiente para acionar componentes em macroescala”, explica o professor Yuichi Hiratsuka.

Continua após a publicidade

Flexões robóticas

Dentro das células dos seres vivos, existe uma variedade de compostos complexos conhecidos como “motores moleculares”, que são máquinas biológicas responsáveis por vários tipos de movimentos, desde o rearranjo microscópico e o transporte de proteínas até a contração dos tecidos musculares.

Nos testes feitos em laboratório, a equipe do professor Hiratsuka conseguiu um resultado semelhante ao encontrado nos músculos naturais. Eles criaram um tipo de atuador acionado por dois motores biomoleculares geneticamente modificados.

Continua após a publicidade

Esses atuadores têm a capacidade de se automontar a partir de proteínas básicas que recebem irradiação de luz. Quando a luz atinge uma determinada área, as proteínas motoras são fundidas com outras proteínas chamadas de microtúbulos e se organizam em uma nova estrutura, semelhante a uma fibra muscular.

“Após a formação em torno da zona iluminada, o músculo artificial imediatamente se contrai e a força coletiva das proteínas motoras individuais é amplificada de uma escala molecular para uma escala milimétrica”, acrescenta o professor Hiratsuka.

Músculos impressos

Durante os experimentos, os pesquisadores demonstraram a elasticidade e a força dos músculos artificiais utilizando pinças microscópicas para manusear amostras biológicas. Eles também conseguiram juntar componentes separados com as fibras sintéticas e movimentar braços robóticos com maior precisão.

Continua após a publicidade

Os cientistas acreditam ainda que é possível utilizar impressoras 3D para fabricar microrrobôs com músculos artificiais embutidos em grande escala. “No futuro, nosso atuador para impressão pode se tornar a tão esperada 'tinta de atuador' para a impressão 3D de robôs inteiros”, completa o professor Hiratsuka.

Essa tinta feita à base de biomoléculas permitirá a impressão de componentes ósseos e musculares artificiais mais complexos, dando aos robôs características de força e agilidade semelhantes às de seres vivos.

Outra vantagem dos músculos sintéticos é que eles não precisam se exercitar para ficarem mais fortes. Bastam estímulos elétricos e luminosos para que eles funcionem como se estivessem passado horas puxando ferro em uma academia de ginástica.

Continua após a publicidade

Fonte: JAIST